FIM DA LUA DE MEL?

Provando do mesmo remédio

A fiscalização insistente, feita a qualquer dia e hora quando vereador e deputado federal, tem dado trabalho ao prefeito Abilio Brunini, para explicar para o eleitor menos encantados ideologicamente que “a coisa não era bem assim”.

A lotação das UPA’s se tornou evento cultural por busca de atestados, o caos no transporte público foi resolvido com a gratuidade de domingos e feriados, os radares saíram do radar e estão a um passo de ser imposição do Ministério Público e a causa animal não precisa do cumprimento de suas promessas de campanha, afinal para se ganhar eleição se “faz o bicho”, entre outras.

Com as costas do Emanuel cada vez mais longe no calendário, que ainda recebe as maiores culpas, tornaram os problemas do dia a dia o calcanhar de Aquiles para sua inexperiência como gestor, sem contar que sem um inimigo para pôr a culpa, o “Sansão de cabeça raspada” não é páreo para a “lábia Pinheirense”.

Bancando sua secretária mais alinhada ideologicamente (até no negacionismo relacionado a COVID), contra as muitas vozes da Câmara de Cuiabá que a Saúde municipal vai de mal a pior, o gerenciamento dos medicamentos pode se tornar a primeira enorme prova que, falar é uma coisa e fazer é outra.

Abilio fez escola na sua passagem pelo legislativo cuiabano e hoje, além de denunciar nas redes sociais como ele fazia, os problemas estão sendo levados ao Ministério Público, que já fez, na semana passada, uma reunião sobre Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a administração municipal para o fornecimento regular de medicamentos.

Mas não é só isso, o Ministério Público também identificou que o volume de recurso destinado para compra de medicamentos é de 22 milhões, sendo que são necessários pelo menos 80 milhões para suprir a necessidade da população. Sem correção de valores é questão de dias para o problema voltar as prateleiras das farmácias municipais.

Mas isso deve ser só um erro na nota fiscal, assim como o que provocou a falta de raio x, pois o prefeito diz que economizou 340 milhões de reais em seis meses, muito mais que suficientes para não faltar exame e medicamento para ninguém. Até para o “mounjaro” vai sobrar.

Assim como não existem dívidas do Emanuel, não existirão dívidas do Abilio quando deixar o poder. Existem dívidas da prefeitura, que devem ser pagas.

Publicando os tropeços do finado, conseguiu casar com a viúva. Relembrar nome de “ex” pode não ser um bom negócio. Ainda mais se o “dever de casa” não estiver a contento da viúva recém casada.  Insistir em culpas passadas pode revelar que o nubente não é tudo aquilo que dizia ser e que as “medidas” empregadas estão bem abaixo da expectativa.

Em tempo: abrir câmeras de UPA’S para a imprensa, como se fosse ao acaso, como se não tivesse visualizado antes da entrevista, para mostrar que naquele instante estava vazia, aumenta a responsabilidade por deixar faltar os remédios e exames mais simples e de maior consumo; contra fatos não há argumentos, como disse o prefeito.

 

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