MORTE DE ALUNO

Promotor cita problema de saúde e pede adiamento de audiência para sentenciar Ledur

Audiência para sentenciar a tenente bombeiro Izadora Ledur, acusada de matar aluno Rodrigo Claro durante treinamento, deve ser redesignada para o di 23 de setembro. Prevista para ocorrer nesta terça-feira (13), há pedido para escolha de nova data levando em conta problema de saúde do promotor que atua no caso, Paulo Henrique Amaral Motta.

Informação foi confirmada pelo Olhar Jurídico junto ao promotor. Detalhes sobre o problema de saúde não foram divulgados. A audiência estava marcada para se encerrar na quarta-feira (14). O atestado de saúde ainda será avaliado pelo juiz Marcos Faleiros.

A defesa de Ledur pediu que sua cliente seja absolvida. Segundo argumentado, “não se verifica dos autos a caracterização da conduta delitiva, tampouco o nexo casual entre os treinamentos e a causa mortis do aluno-soldado”.

Segundo argumentado pela defesa, nenhuma das declarações prestadas pelas testemunhas acusatórias foi capaz de subsidiar o dolo e tampouco de demonstrar existência de conduta de caráter pessoal de ódio ou castigo para com soldado Rodrigo Claro.

Caso não haja entendimento pela absolvição, Ledur pede que se reconheça a inexistência da configuração do crime descrito na modalidade tortura-castigo, desclassificando-a para o delito para maus tratos.

O CASO

Rodrigo morreu durante o 16º Curso de Formação de Bombeiro em Mato Grosso, que era ministrado pela tenente. De acordo com a denúncia, a morte ocorreu no dia 10 de novembro de 2016, durante atividades aquáticas em ambiente natural, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

Apesar de apresentar excelente condicionamento físico, o aluno demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre, entre outros exercícios.

Embora o problema tenha chamado a atenção de todos, os responsáveis pelo treinamento não só ignoraram a situação como utilizaram métodos reprováveis para aplicar “castigos”. Rodrigo Lima morreu por hemorragia cerebral.

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