DRAGÃO OU LAGARTIXA?

Préstimos e empréstimos

A cintura dura de Mauro Mendes no trato com o funcionalismo, mais propriamente os sindicatos, pode cobrar um preço salgado nesta campanha antecipada para 2026.

Com política de resultados para dentro e para fora da máquina pública, Mauro dificultou a vida dos sindicalistas por não ouvir nem receber diretorias de sindicatos de funcionários estaduais.

Ocorre que nos sindicatos também tem eleição e, sem possibilidade de ouvir a categoria e cobrar medidas do governo, mesmo que somente para justificar o trabalho em prol dos sindicalizados, a solução foi fazer campanha interna de falatório contra Mauro, durante esses seis anos.

Na briga de Mauro com Janaina, os sindicatos acharam quem os acolhesse e oferecesse local de fala.

É neste contexto que surge o “escândalo dos consignados”, na carona do” Roubo do INSS”.

Mauro tem agido mal com o caso? Não.

Hoje foi publicada a decisão decretada de suspensão de pagamentos a Capital Consig, instituição apontada como irregular e com o maior número de denúncias de irregularidade na concessão e cobrança de empréstimos consignados.

O problema está no tempo.

A denúncia veio dos sindicados. Mauro não ouviu porque não ouve sindicatos.

Enquanto Janaina cobrava apuração do Ministério Público, o governo encaminhava ao PROCON Estadual e a Procuradoria Geral do Estado. O caminho foi considerado o mais longo e insuficiente para apurar suspeitas de possível envolvimento de funcionários estaduais.

A atitude de suspensão de pagamentos para a Consig Capital não foi suficiente para tirar o governo do reboque e trazer para si o protagonismo da apuração dos fatos, e é indício de que algo errado foi encontrado .

Com a entrada de Sérgio Ricardo, presidente do TCE, envolvido pela oposição para que a solicitação de documentos não seja providenciada para após a segunda vinda de Jesus Cristo à Terra, não há como tratar o caso como se fosse algo interno e que está sendo resolvido internamente.

Se a instalação da Mesa Técnica retira a resolução do problema das mãos do governo, também retira protagonismo da oposição.

O já anunciado auxílio da Defensoria Pública nos processos individuais e uma campanha contra o super endividamento dos servidores, que é uma situação diferente, minimiza o estrago.

Menos mal que há um interesse geral em defender o título de eleitor, digo, holerite dos servidores.

 

 

 

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