O governador Mauro Mendes tem criticado o avanço das emendas parlamentares no orçamento público.
De 2019 para 2025 o valor triplicou, chegamos aos 50 bilhões/ano, com as novidades de emendas pix e de impositividade no pagamento.
O primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro foi de encontrões com o parlamento. Período que vinha do executivo, o questionamento: “O que é articulação com o Congresso?”, seguido de afirmações como, “aqui não tem toma lá, dá cá”, “a velha política acabou”.
Um engano crasso, que custaria muito mais dinheiro ao executivo.
O congresso que deveria ser voz do estado e do povo, tornou-se voz de si mesmo.
As críticas de Mauro Mendes estão corretas, falando das proporções dos valores das emendas federais e incluindo as emendas dos estados, pelo Brasil, que aproveitam o movimento para inchar os recebimentos destinados aos deputados estaduais.
Acerta o teor das críticas e o tom.
Prestes a mudar o “lado do balcão” trocando o executivo pelo legislativo, em sua decisão de se tornar senador da república, usa serenidade ao reconhecer exageros sem fazer disso bandeira de campanha.
Mas é um recado claro que aceita discutir, se conseguir se eleger, um recuo nos valores que saem dos cofres públicos para fazer de parlamentares centenas de “prefeitos sem prefeitura”.
Em meio a mandatos de pura futrica, de nada além de xingamentos ao “outro lado”, vozes com bom senso precisam ser amplificadas.

