PROBLEMA DE QUEM?

Podem não contar comigo

Se fosse possível retornar em 14 de março de 2023, data do decreto de Intervenção na Saúde de Cuiabá, muito provavelmente o governador Mauro Mendes não aceitaria alegremente a determinação judicial.

O contexto pessoal, que virou disputa política, entre o prefeito Emanuel Pinheiro e o governador Mauro Mendes, deu um sabor que não se manteve.

Com a mesma interventora, hoje como secretária de saúde do município, as soluções não foram alcançadas e estão longe as metas estabelecidas, que declaradamente não serão cumpridas. Uma nova intervenção não é cogitada.

Depois disso, se inaugurou um novo tempo em Mato Grosso, o tempo de “O Mauro tem que assumir isso”.

Todos querem que a Santa Casa permaneça aberta depois da inauguração, próxima, do Hospital Central, e que o Mauro assuma a conta.

O antigo prefeito de Cuiabá não abria mão do VLT, mas que o Mauro assumisse a conta.

O atual prefeito quer, em lugar do BRT, o ART, que ele trouxe na bagagem em sua viagem à China comunista, mas, que o Mauro assuma a conta.

O prefeito também quer construir alguns viadutos na cidade, mas que Mauro assuma a conta, já que recebeu dos árabes um “aí você quebra babai, brimo”.

Por último, o presidente do TCE, que só não opinou, até onde se sabe, sobre o destino de Odete Roitman, quer intervenção no Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande e, igual aos outros, que Mauro assuma a conta.

Em entrevista, o governador Mauro Mendes disse que as prefeituras devem assumir suas responsabilidades.

“Porque, senão, o Estado começa a deixar de cumprir suas obrigações para cumprir as obrigações dos prefeitos”, disse.

Se bem que Abilio Brunini, em sua propaganda eleitoral e em entrevistas, afirmava em suas promessas “A gente vai fazer, ‘di’ verdade” e nem o Eduardo Botelho perguntou “A gente, quem?”.

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