O juiz de Direito Pierro de Faria Mendes, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, decidiu manter a prisão temporária do soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão, acusado de envolvimento no assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Nunes, de 33 anos, morta a tiros no dia 11 de setembro, dentro de um carro em Várzea Grande.
Raylton se apresentou voluntariamente à delegacia e confessou ter efetuado os disparos contra a vítima, estando na garupa de uma motocicleta no momento do crime. Após prestar depoimento, ele foi encaminhado para audiência de custódia, onde o magistrado deliberou sobre sua situação.
Na decisão, o juiz determinou a regularização da prisão junto ao Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) e requisitou cópia do exame de corpo de delito realizado no custodiado. Mendes também ordenou que Raylton seja encaminhado para tratamento médico, tendo em vista que o policial declarou sofrer de síndrome do pânico e depressão, além de fazer acompanhamento psiquiátrico.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão no dia 13, a Polícia Civil encontrou na residência do militar um capacete semelhante ao usado no crime, além de outros pertences pessoais. O sistema de gravação do imóvel havia sido retirado, impossibilitando, naquele momento, a análise de movimentações na casa.
A esposa do acusado, Aline Valandro Kounz, também alvo das medidas judiciais, não foi localizada. Ela teria sido alertada sobre a operação enquanto estava no trabalho, conseguindo evadir-se antes da chegada das equipes policiais.
A investigação segue em andamento sob responsabilidade da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que busca esclarecer a participação de outros possíveis envolvidos e a motivação do crime.