SÓ DOIS

PL do aborto isola Abílio e coronel Fernanda

A bancada mato-grossense no Congresso desancou o projeto 1904/2024, o chamado “PL do Aborto” por criminalizar a vítima de estupro a uma pena maior que a do estuprador, no caso de aborto após 22 semanas de gestação.

Nelson Barbudo (PL), da ala radical da direita, classificou como “aberração” e “inversão de valores”.

A deputada federal Gisela Simona (União), criticou a fala de Abílio de que mulheres e adolescentes estupradas  preferem o aborto por que querem “curtir a vida” e também classificou como inversão de valores o projeto, criticando inclusive a falta de debate nas Comissões e a rapidez para a aprovação do regime de urgência em 23 segundos.

José Medeiros (PL), também pertencente à ala radical, admitiu que é necessário um debate maior que o ideológico para aprovação do projeto.

A senadora Margareth Buzetti (PSD), também criticou a forma como o projeto foi encaminhado e sobre a fala de Abílio sobre os motivos que levam  mulheres e adolescentes estupradas a abortar, a senadora disse ao deputado, “vai caçar o que fazer”.

Abílio e coronel Fernanda, até aqui, continuam na defesa firme do projeto, mas diante de tanta repercussão negativa, Abílio tentou se esquivar de pergunta sobre seu posicionamento e voto, ao vivo, em entrevista a Rádio Jovem Pan Cuiabá, na sexta-feira dia 14, querendo pautar o Jornal da Manhã Edição Cuiabá e insistindo que o tema não fosse incluído na discussão, (entrevista disponível na página da emissora no Youtube).

Até o autor do projeto, deputado Sóstenes Cavalcante (PL/RJ) disse que está disposto a retirar o projeto.

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