A Classificação como “deslize” para a investida de Abílio contra a Lei da Pesca, por Mauro Mendes, tem uma diferença enorme para sua reação em relação a “torcida” que Eduardo Botelho declarou fazer para que o STF derrubasse a lei.
Tem muito do momento e da pessoa.
Botelho está no partido no qual Mauro é presidente e só foi candidato com sua permissão, Abílio não.
Naquele momento em que Mauro subiu o tom para Botelho, as pesquisas indicavam um segundo turno com Botelho garantido em primeiro lugar, portanto, não seria uma divergência que derrubaria a candidatura de Botelho.
A mudança da truculência para Deslizes, música do Fagner; “E só assim eu perdoo seus deslizes e é assim o meu jeito de querer”, se deve a obrigação de gesto político na luta entre direita e esquerda que se transformou a disputa pela prefeitura de Cuiabá.
Mauro sabe que em caso de vitória de Abílio nada será creditado a ele. Essa verdade é tão grande quanto a derrota cair em seu colo caso negasse apoio a Abílio. Um “beliscão” agora teria outro impacto em uma disputa voto a voto, como a desse segundo turno e há menos de 4 dias para a eleição. Nesse ambiente, teve que morder os lábios, engolir a afronta e perdoar o deslize.
Verdades do futebol servem para a política, diria Zagalo.
Mauro, que conduzia uma chalana lotada na aprovação da lei da pesca se vê pilotando um barquinho quase vazio na defesa pública da mesma lei.
Quem canta seus males espanta; “Tá nervoso?………”