A Polícia Civil informou que o alvo principal da operação Falso Profeta é um pastor de uma igreja no bairro Pedra 90, em Cuiabá, identificado como líder da facção e mentor do esquema criminoso. Atualmente, ele está foragido no estado do Rio de Janeiro. Ulisses Batista lidera um esquema de extorsão de comerciantes que vendem água mineral.
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A operação cumpre 30 ordens judiciais, incluindo sete mandados de prisão preventiva, nove de busca e apreensão, duas determinações de proibição de atividade econômica de empresas, cinco sequestros de veículos e sete bloqueios de contas bancárias, que podem totalizar R$ 1,5 milhão. As ações são realizadas em Cuiabá, Várzea Grande e no Rio de Janeiro, onde o pastor está escondido.
As investigações, conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), apontam que o pastor liderava o chamado “Projeto Água 20 LT”, um esquema que obrigava comerciantes a adquirir galões de água fornecidos exclusivamente pela facção, além de pagar uma taxa de R$ 1 por galão vendido. O grupo utilizava um caminhão para a distribuição do produto e mantinha um controle rígido sobre os comerciantes por meio de um grupo no WhatsApp, onde ameaças eram feitas para garantir a obediência às ordens.
O pastor, além de ser apontado como líder da facção, é acusado de coordenar atividades de extorsão e lavagem de dinheiro. Investigadores identificaram transações financeiras vultosas sem comprovação de origem lícita, com recursos sendo enviados para a organização criminosa no Rio de Janeiro, estado considerado berço da facção.
