Nesta semana um evento na vacinação chamou a atenção em Várzea Grande.
Um cidadão, ao chegar sua vez de receber a vacina, exigiu que a dose a ser aplicada fosse retirada do frasco na sua presença.
A funcionária pública lá destinada para esta tarefa assim procedeu, mas ao invés de aplicar a dose com a seringa que havia retirado o liquido do frasco, trocou as seringas e aplicou com a que já, previamente, estava com o liquido da vacina acondicionada em um caixa térmica.
Com tantos registros em vídeo Brasil á fora com vacina de vento, logo se pôs suspeita sobre a vacinação em Várzea Grande.
Secretário de saúde interino deixa seus afazeres, e seca sua saliva em entrevistas para explicar o ocorrido.
“Foi um simples engano, o cidadão foi vacinado, faremos um teste de anticorpos em alguns dias para comprovar”.
Funcionária afastada, vida que segue.
Mas o erro principal, a meu ver, não foi o engano da enfermeira, foi a postura da administração municipal.
O método de atendimento não foi baseado nos direitos do munícipe, de ver o frasco de onde a vacina estava sendo retirada e de todo o direito de informação normatizado pelo ministério da saúde, e sim na logística interna em oferecer a vacinação. Bastou alguém solicitar algo diferente do treinamento que a confusão se estabeleceu.
Bastava olhar para o objetivo final, que é atender o cidadão, e entender que se é direito de um lado, é dever de outro.
Mas tudo indica que em Várzea Grande este caminho é mais longo, tanto na exigência de cumprimento dessas obrigações quanto na oferta espontânea de respeito às normas, a começar pela interinidade, de seis meses, do secretário de saúde justamente no momento mais duro da pandemia até agora.
Talvez o nível de fofoca mereça mais atenção de quem devia focar em solução.