A estreia de Flavia Moretti na política não poderia ser melhor para ela; uma desconhecida até o final do ano passado e prefeita a partir de janeiro de 2025.
Foi escolhida para ser candidata a prefeita por ser justamente desconhecida e depender em tudo do presidente do partido PL, Tião da Zaeli que não acreditava em vitória, se acreditasse, seria ele o candidato.
Tião fez campanha para ele, não para Moretti. Raramente citava o nome dela ao tecer críticas aos Campos e ao “gerente” como ele chamava Kalil.
Ao passar a euforia da vitória, Flávia se verá na “cova dos leões”, pois está absolutamente sozinha e terá que manter seu diploma de prefeita em mãos firmes e bem erguidas, para livrá-lo dos que tentarão lhe tomar.
Por mais que possa agradar a ilusão que os Campos estão fora da política em Várzea Grande, isso está longe de ser realidade.
Em primeiro lugar por que eles não vão a lugar algum, já enfrentaram isso antes e farão novamente.
Perguntem ao Wallace Guimarães, cassado pela Câmara de Várzea Grande, como é governar tendo os Campos na oposição.
Mais duas pessoas poderiam dar essa resposta.
Murilo Domingos, também cassado pela mesma Câmara, que faleceu em abril de 2019 em um acidente doméstico, o outro seria Tião da Zaelli, vice de Murilo, que renunciou ao mandato por pressão da mesma Câmara.
Resumindo, Flavia está cercada.
Pela Câmara onde a maioria dos vereadores se elegeu apoiando o prefeito derrotado Kalil e mesmo fazendo juras de amor eterno a Mortetti, estarão prestando serviços aos Campos.
Além dos Campos tem Zaelli, que sabe como é estar isolado, sem grupo político e vai forçar Moretti a ser sua gerente na prefeitura, pois todo o inve$timento que fez não foi por conta dos olhos e simpatia de Flávia.
Flavia ainda não sabe, mas está em uma arena de touros, sem capa e espada e não lutará com um touro por vez.
Enquanto ela dá “tchau prefeitinho” em vídeo de comemoração, o “tchau querida” pode vir de qualquer lugar, até de dentro de seu futuro governo.
Benzimento não atrapalha.