A prefeita Flavia Moretti e o vice Tião da Zaeli apresentaram um balanço dos primeiros cem dias de governo.

O que mais marcou foi a resposta para o ex-prefeito Kalil Baracat, que criticou, recentemente, a gestão atual.

“Ele nem não sabia o que acontecia na gestão dele”, disse Zaelli.

Uma boa resposta para quem quer comparar quatro anos, quando mal se comunicou com o cidadão, com cem dias de seus adversários, que evitaram sua reeleição que era tida como certa.

É preciso dar tempo para que as demandas possam ser mitigadas, e kalil não é bom de “timing”.

Flávia tentou impressionar com volume de ações, mas o que vale é o que chega até o cidadão e a montanha de dados se resumiu a serviços essenciais e uma grande quantidade de boas intenções que poderão, no futuro, parte delas, chegar na ponta.

O maior feito, pagamento de 43% da dívidas de outras administrações, contradiz seu discurso de terra arrasada, “A situação financeira de Várzea Grande é muito pior que Cuiabá” como dizia no início de janeiro. Se os dados estiverem certos, no segundo semestre a prefeitura poderá estar com suas dívidas todas quitadas. Improvável. Esse esforço inicial se deve a interesses pessoais e administrativos, não atingem todos os credores e devem estacionar por aí mesmo.

Deixou de fora a lorota de ter cortado a folha de pagamento do município em 40%, um fake que ganhou manchetes de sites amigos e ninguém tocou mais no assunto, tal qual as lombadas eletrônicas e câmeras que já não deveriam estar multando ninguém, pela promessa de ambos.

Sobre a maior compromisso, o fim da falta de água na cidade, revelou que o processo para privatização ou concessão do DAE vai levar até dois anos para ser concluído. Não é um prazo exagerado.

Mas é preciso que a população entenda que só na segunda metade do mandato é que os trabalhos poderão ser iniciados, se tudo correr bem. Em Cuiabá começaram em 2012 e ainda não terminaram.

Faltou uma palavra sobre transporte público, que continua com os mesmos abusos e descumprimentos diários e a coleta irregular de lixo, que como advogada Flávia conhece profundamente, pois defendia a empresa nas demandas com o município. Isso daria algum indício que a tal “velha política” será substituída, apesar da UNIÃO e disposição em LOCAR os ouvidos do povo.

Em Várzea Grande, onde “não fazer” deu certo por anos, fazer diferente não é tarefa fácil ou rápida.

Mas, foi prometer…