Os esquemas de corrupção denunciados, investigados em alguns processos podem acabar como um “grande crime sem culpados”, por aqui.
Algumas condenações sem punição, como o caso do ex conselheiro Humberto Bosaipo e junto a outras decisões recentes, causam a impressão de que hora ou outra sai uma condenação aos cofres do Palácio Paiaguás e da Assembleia Legislativa por serem “arreganhados” o suficiente, para causar desejos incontidos pelo dinheiro público em pobres ex deputados estaduais e ex governador, que não tiveram outra saída, se não acolher aquelas quantias que escorriam do interior de tão malvados cofres.
O atual presidente do TCE e ex-deputado estadual, ex-presidente da Assembleia Legislativa e ex primeiro secretário do mesmo órgão, em um tempo que se convencionou chamar de “era Riva” no parlamento mato-grossense, o conselheiro Sérgio Ricardo, foi absolvido da acusação de receber “mensalinho” entre 2003 e 2012.
O esquema foi denunciado tanto pelo ex-governador Silval Barbosa quanto pelo próprio Geraldo Riva em suas delações.
Na decisão do juiz, “Não existem nos autos provas seguras nem da ocorrência do primeiro (enriquecimento ilícito), nem, consequentemente, que ele veio do segundo (dano ao erário). No curso da instrução processual, não foram produzidas provas pela parte autora que pudessem robustecer e corroborar as declarações prestadas pelos colaboradores e os documentos produzidos unilateralmente por eles que lastreiam a causa de pedir”, diz trecho da decisão.
Ou seja; não foi provado que aconteceu um enriquecimento ilícito e que esse enriquecimento ilícito tenha relação com aqueles desvios de dinheiro público denunciados por quem pagou a propina.
O juiz ainda questionou a credibilidade da delação de Geraldo Riva.
O Ministério Público pedia a devolução de mais de 49 milhões de reais que teriam sido recebidos durante o esquema de compra de votos de deputados na AL/MT.
Para você ver, tanta gente, por todos esses anos, vendo culpa onde não tinha.
ET.: As imagens do “paletó” estão na delação do mesmo esquema. Êêê Silvio!