SEGUNDO TURNO

O salvador da pátria está morto, viva o salvador da pátria.

 

 

A permanecer o quadro atual, com as dificuldades se transformando em impossibilidade do surgimento de uma terceira candidatura competitiva à presidência da republica, a maioria dos eleitores não escolherá quem ocupará o palácio do planalto.

A frase está correta. A maioria dos eleitores não escolherá o presidente, e sim quem não será.

O desenho é repetido, os envolvidos os mesmos e os sentimentos também.

Na última eleição a maioria aceitou votar em um candidato desconhecido no país, quem sem plano, sem propaganda eleitoral, sem tempo de tv e boa parte da campanha em um leito de hospital, por ser o candidato que mais conseguiu personificar o anti-petismo.

O partido dos trabalhadores vivia seu momento de maior rejeição, com escândalos de corrupção e integrantes presos nas muitas operações desencadeadas na lava jato, aliás, seu maior representante estava preso em Curitiba, condenado por mais de uma vez.

Pois bem, Lula foi solto e seus processos anulados por erros técnicos e mesmo não sendo inocentado está apto a concorrer ao próximo pleito.

Teremos então a eleição que se desenhou em 2018 e acontecerá agora, Lula X Bolsonaro.

Se antes bastava tirar um partido do poder, agora os erros e acertos de ambos os lados serão pesados, mas se quem tem a máquina pública na mão tem algumas facilidades, também tem seus erros vivos na memória do eleitor. O Passado é mais fácil de se esquecer que o presente.

Em um país em que se acredita em salvadores da pátria também se nota que a pátria não foi salva.

Se retirarmos os eleitores que votam em um dos dois candidatos em qualquer situação, o bolsonarista raiz e o petista convicto, e que não são suficientes para dar a vitória a nenhum dos dois, temos então os eleitores que de fato decidirão quem irá ocupar a presidência.

E nesses últimos, o movimento de 2018 vai se repetir, ou seja, vai votar em um dos dois, não por que acha ser o melhor para o país e sim por achar que o outro é pior.

Curioso é que o eleitor que fará o movimento inverso de uma eleição para outra, sabe que não está desfazendo um engano, e sim, cometendo outro.

 

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