CINCO ANOS DEPOIS

O relato de quem ficou desempregado na Pandemia

Young frustrated businessman holding his head in pain after being fired at work.

A pandemia da Covid-19, que ocorreu em 2020, completou nesta terça-feira (11) cinco anos e mudou drasticamente a vida da grande maioria da população, causando transformações no trabalho, na cidade onde moravam e nos relacionamentos.

O PHD News entrevistou Antônio Carlos Jácome de Souza, de 49 anos, para entender como esse período impactou sua vida.

Originário da cidade de São Paulo, ele morava em Panambi, no Rio Grande do Sul, quando foi surpreendido pelos efeitos da pandemia. Até então, sua vida estava estável, com um emprego na área de logística, mas, diante das mudanças no mundo, ele não ficou de fora. Foi demitido, assim como centenas de colegas de trabalho, e se viu sem chão.

“Trabalhei durante cinco meses. Era um trabalho recente, e eu estava feliz ali, mas, com a pandemia, houve uma demissão em massa, por causa do medo da contaminação e da ameaça da crise econômica”, contou Antônio. “Eu era analista de logística, cuidava das cargas e da contratação dos fretes.”

Com uma família para sustentar em meio ao caos, ele enviou diversos currículos para diferentes empresas.

“Fiquei oito meses desempregado e, durante esse tempo, fiz alguns bicos para complementar a renda.”

O sufoco terminou quando surgiu uma oportunidade em um lugar inesperado e distante do Sul: a esperança veio do Mato Grosso. A mais de 1.000 km de distância, estava seu novo emprego.

“Recebi uma proposta para vir para Cuiabá. Meu currículo circulou tanto que chegou até lá. Entraram em contato comigo e me fizeram a proposta de trabalhar como gestor em uma empresa que estava abrindo. Agora já fazem quatro anos que estou aqui.”

Seria uma mudança drástica e calorosa, mas, após toda a família topar a nova aventura, vieram para Cuiabá de mala e cuia. Antônio não se arrepende de ter tido a coragem de sair da zona de conforto e, hoje, é apaixonado pela capital mais quente do Brasil.

“Minha vida teve um impacto positivo. Eu sentia falta de morar em uma cidade grande, de ter mais opções de lazer com a família. Consegui colocar meus filhos em escolas particulares, e minha esposa logo conseguiu um emprego”, finalizou Antônio.

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