OS DOIS LADOS

O que se sabe do caso “Condomínio Florais”?

Ontem (29), veio a público por meio da imprensa um vídeo onde aparece o delegado da Polícia Civil, Bruno França, invadindo uma casa no Condomínio Florais dos Lagos, na capital, alegando o cumprimento de uma prisão em flagrante por descumprimento de medida protetiva envolvendo seu enteado e a dona da casa. As câmeras da casa mostram toda a ação do delegado, que estava bastante exaltado como mostram as imagens.

Armado e junto a outros três agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE), o delegado arrombou a porta da residência e entrou no imóvel. O tempo todo gritava com a família. No momento, estavam a dona da casa, seu marido e a filha pequena do casal.

A criança chorava muito e gritava: “Manda ela sair daí, senão vou disparar na cabeça dela”, “Da próxima vez que ela chegar perto do meu filho, eu vou estourar a cabeça dela. Eu vou explodir a cabeça dessa filha da p*t*”. A mulher foi conduzida à delegacia, e presa em flagrante.

SOBRE O CASO: 

O caso citado como o problema entre as duas famílias, corre na Justiça, após o enteado do delegado e o filho da moradora terem brigado quando a família ainda morava no Alphaville I. A fim de evitar mais problemas, a mulher teria se mudado para o Florais dos Lagos.

Porém, na segunda, o adolescente teria ido até o atual condomínio da mulher para jogar bola com amigos, e eles acabaram se encontrando. O menino então teria ligado para o padrasto, que foi até o local abordar as vítimas.

VEJA O VÍDEO:

Defesa do delegado:

O advogado do delegado Bruno França Ferreira divulgou a seguinte nota:

“A respeito dos episódios noticiados envolvendo o delegado Bruno França Ferreira, cumpre-se necessário informar o seguinte:

1 – toda a situação decorreu de descumprimento de medida protetiva expedida pela juíza Gleide Bispo Santos em favor do menor J, de 13 anos, e contra FABIOLA CÁSSIA GARCIA NUNES, que o vem perseguindo persistentemente com agressões verbais e ameaças físicas em locais públicos, com quadras de esportes, na presença de inúmeras testemunhas.

2 – a medida protetiva foi expedida após denúncia à Polícia feita pela Família da mencionada criança em 17/10, em que narrou até mesmo uma viagem da Senhora FABIOLA até a cidade de Rondonópolis, com o objetivo de promover as agressões verbais.

Na ocasião, após verificar que o menor não se encontrava no local onde ocorreria um evento esportivo, FABIOLA fez questão de difamá-lo para terceiros, tentando coagir o professor a não incluir o menor nas atividades esportivas.

A segunda ocorrência de agressões verbais e ameaças físicas ocorreram no dia 15/10, no começo da noite, quando J. estava jogando futebol com amigos em uma quadra de esportes, a ponto de a atividade ter sido interrompida pelas agressões feitas por FABIOLA. 

3 – as últimas agressões verbais e ameaças físicas feitas pela senhora Fabiola contra mencionada criança ocorreram na segunda-feira, 28/11, no início da noite, por volta das 19h30, em uma quadra de esportes de um condomínio de Cuiabá, onde J. estava com amigos jogando futebol. 

A Senhora FABIOLA foi até o local e passou a ameaçar e agredir verbalmente o menor, a ponto de ele se retirar do local com os amigos e ter pedido socorro de sua Família.

4 – O delegado Bruno França Ferreira, padrasto do menor J., após tomar conhecido dos fatos, na mesma hora foi até o condomínio para resgatar a criança. Após se inteirar das novas agressões verbais e ameaças físicas, na condição de autoridade policial, pediu apoio de outros agentes de segurança e tendo conhecimento da medida protetiva expedida pela Justiça, efetuou a prisão em flagrante da Senhora Fabiola.

5 – Mais informações, com recomendação de preservar a identidade das crianças envolvidas nesse episódio, devem ser procuradas com as autoridades policiais e da justiça”.

Defesa da família:

Em entrevista à um site da capital, o esposo da mulher envolvida na possível medida protetiva disse que o desentendimento começou após o filho do casal ser agredido pelo enteado do delegado.

O casal se mudou para o condomínio Alphaville, no início de 2020, e que em fevereiro deste ano ele ficou sabendo pelos amigos do filho que o menino, de 12 anos apanhou de outras 7 crianças. Foi então que a família da vítima registrou um boletim de ocorrência contra os agressores, entre eles o enteado do delegado Bruno França, que atualmente está na delegacia de Sorriso.

Desde então o menor passou a ser perseguido pelos agressores, tendo inclusive que fazer acompanhamento psicológico. Vários boletins de ocorrência foram registrados.

Em pânico, o médico afirmou que a família então decidiu mudar de condomínio. Mas os problemas não findaram. O enteado do delegado continuou a ir no novo condomínio, razão pela qual a família da vítima acionou a segurança do local para retirar o agressor. A família acredita que essa retirada foi o que motivou a invasão a casa nesta segunda-feira (28).

 

 

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