A briga em praça pública envolvendo um empresário, clientes e seguranças, onde um Parklet foi destruído pelo empresário em seu veículo, com possibilidade de tragédia reveladas pelas imagens, traz um ponto não abordado pela mídia e as redes sociais.
Essa praça já foi palco de muitas outras brigas, de abordagem policiais e prisões por desacato a autoridade, onde tornozelado se senta com representante do ministério público para o lazer de um sábado a noite. Não há culpa nenhuma da praça nisso e muito menos de seu nome (Popular), que só encaixa quando os bares estão fechados.
A mãe do empresário foi as redes sociais defender seu filho. Falou em atentado a tiros, intimou a “mais alta patente” das forças de segurança a descobrir o autor dos alegados disparos. Ela não estava presente aos fatos e defendeu a versão que seu filho lhe contou, mas essa defesa pode revelar mais dos motivos da confusão. Nas imagens divulgadas logo após os fatos, não foi possível identificar as marcas dos tiros.
O início. Esse é o ponto
Segundo testemunhas, a discussão, briga e pancadaria começaram na fila do banheiro masculino, quando o empresário não teria respeitado a ordem de chegada das pessoas.
Minha urgência se sobrepõe a sua porque eu me sinto superior a todos os que aguardam pacientemente sua vez em um ambiente que oferece a situação de fila para uso do banheiro, conhecida por todos os clientes do local, esse foi o gatilho para tudo que ocorreu posteriormente, segundo o divulgado pela imprensa. Se há algo a lamentar ou condenar tem que começar por aí.
Quanto ao Parklet, o prefeito usou seu infalível escudo: o Nenéu.
Sim, a concessão de exploração comercial de locais públicos é regulamentada em lei e essa foi aprovada na gestão passada, mas a autorização para que esse ou aquele se sirva do espaço é de competência única da prefeitura, ou seja, podem ser suspensas, interrompidas ou concedidas quando o município, no caso o prefeito, que no caso é o Abilio, achar por bem, desde que prazos estabelecidos sejam cumpridos. Ao seu favor, o prefeito teria o argumento que encerrar uma feira livre na periferia é mais fácil, o difícil seria explicar o porquê dessa prática.
O número de blitz de trânsito nas proximidades desse local perde para o natal, não é todo ano que tem.
De resto, ditado popular do século passado se faz ouvir: “Aprende em casa ou apanha da vida para aprender”.