A personalidade forte e com humildade deixada na boleia do caminhão, que ele dirigiu até Mato Grosso no início de anos 1980, o vice governador Otaviano Pivetta terá dificuldade em viabilizar sua candidatura a governador em substituição a Mauro Mendes.
Não é falta de competência para o cargo, em que pese não ter sido prefeito de município pobre, onde se encaixa o tamanho do progresso no orçamento e não ao contrário, Pivetta deixou saudades e boas referências em seus mandatos em Lucas do Rio Verde.
A desconfiança que só sabe governar para os ricos poderia ser vencida com a ideia de continuidade do governo de Mauro Mendes, que é muito bem avaliado nos dois mandatos, o que não é comum Brasil a fora.
A chamada continuidade fica muito apertada se vestida em Pivetta; para Fábio Garcia, ficaria perfeita.
Garcia deixou seu mandato de deputado federal, para ser secretário de Mauro, ajudou a governar, defendeu o governo, brigou, se fez presente e integrante de sucessos e insucessos alcançado nestes anos.
Pivetta, mesmo tendo a área da educação sob seu domínio, terceirizou o trabalho com o competente Alan Porto, que agora ensaia a busca por um mandato.
Aquele pacotinho esquecido no caminhão, pode fazer toda a diferença agora.
Pivetta adora futebol, mas só joga se a bola for dele, daí a dificuldade em propor a continuidade de um governo em que ele, de dentro, se manteve a distância.
Intencional ou não, Mauro programou as entregas de seu governo para caberem dentro de seu mandato, vai sobrar pouca coisa projetada e inacabada, e é mais um problema para quem quer erguer a bandeira da continuidade.
Com 2026 indicando um trânsito político para o governo livre à esquerda e congestionado à direita, mesmo com muita gente gritando que estará na pista quando na verdade não sairá de casa, tudo pode piorar para Pivetta se sua eleição depender de interjeição e concordância feitas para a irmã do pai: “Hein?” pra tia e “Sim” pra tia.
Sim, eu sei.