FALTA DE AÇÃO

O desejo pelo fogo

As queimadas urbanas são proibidas durante todo o ano, mas isso não impede que terrenos baldios sejam incendiados sem que aja punição para os incendiários.

Isso se deve a outro fator, a conivência.

Quem tem um terreno baldio ao lado de sua casa e convive com matagal, que pode ser abrigo de bichos peçonhentos e de esconderijo para pessoas mal intencionadas, entre outras coisas, espera durante o ano que a prefeitura tome providência em localizar o proprietário e acionar a legislação municipal que o forçaria a manter o terreno limpo.

A rigor, isso não ocorre.

Qual comportamento esperar de quem tem terreno baldio como vizinho e em bairros periféricos, grandes áreas tomadas pelo mato no caminho da escola dos filhos?

Em áreas rurais o fator é econômico. Colocar fogo é de graça. Não adianta explicar os danos à saúde de todos e os gastos públicos decorrentes de incêndios.

Mato Grosso continua em primeiro lugar no número de focos de incêndios florestais, nestes poucos dias de setembro chegamos a 29 mil focos.

Quantas pessoas foram denunciadas e/ou presas em flagrante?

Além do que, muitos prefeitos anseiam por qualquer situação que possa se encaixar o tal “estado de emergência” para dar adeus as regras de licitação e estabelecer contratos livremente.

Como se vê, outros combates precisam ser travados urgentemente.

 

 

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