Lúdio Cabral perdeu a eleição de prefeito para Abilio Brunini, mas saiu muito maior que entrou nesta disputa. Com a votação que teve, 146 mil votos em Cuiabá, se ampliarmos o período em análise, pode se dizer que Lúdio ganhou uma vaga de deputado federal em 2026, tal qual Brunini na derrota para Emanuel Pinheiro em 2020.
O União Brasil e seus líderes, não ganharam nada com a vitória de Abilio.
Até aqui o União era o partido que, defendendo o legado que Mauro Mendes deixará ao se afastar, tinha mais condições de aglutinar e liderar as forças de direita em um projeto de continuidade.
Desde Blairo Maggi, a eleição de governador em Mato Grosso passa pelo agro. Em que pese o partido de Mauro ter feito 60 prefeituras, o PL fez 23 prefeitos com uma base de 1,7 milhão de habitantes, ficando com as principais cidades polo e onde o agro está enraizado.
Isso juntado a rejeição que eleitores bolsonaristas tem em Wellington Fagundes, presidente regional do PL, chamando-o constantemente de “melancia” e a falta de empatia de Otaviano Pivetta, favorecem um outro candidato de Rondonópolis.
Chamado de “Rei das Sementes”, Odilio Balbinotti tem plantado sua vaga na fila do agro, regando com muitos $$ campanhas do PL, não só em Mato Grosso, além de ter proximidade com Jair Bolsonaro, onde também colaborou com alguns $$ nas campanhas do ex-presidente.
No resumo: Lúdio ganha uma vaga de federal, PL ganha força para 2026, mas isso não chega a Wellington Fagundes, que está cada vez mais rejeitado no partido.
O União Brasil, com Pivetta, vai ter que remar bem mais que o planejado para chegar no cais de 2026 como líder da direita em Mato Grosso.
Pode não parecer, mas já tem gente “ex-pivetando”.