BURACO NA ÁGUA

Nossos conectados presidiários

Esta semana, mais uma vez, foi discutida a forma com que celulares entram nos presídios, com direito a polêmica, com a declaração do chefe do Ministério Público de Mato Grosso, de que alguns advogados são verdadeiros “pombos-correios” par a bandidagem encarcerada.

Mais uma varredura na Penitenciária Central do Estado (PCE), ontem (28/11) e mais uma vez celulares (86), chips (+de 100) e drogas foram encontrados.

Desta vez com novidade. Uma cela funcionava como “assistência técnica” dos aparelhos que apresentassem defeito.

Era o que faltava; comércio ilegal e clandestino de celulares em presídios, respeitando o código de defesa do consumidor.

Sem falar na Black Friday da PCE. Sandro Louco tinha três aparelhos.

Quanto a bloqueadores de sinal, através dos governos, sobra conversa mole e pouca explicação sobre os motivos pelos quais não se instala.

São inviáveis? Caros? Tecnicamente reprováveis? Enfim, qual é o problema em colocar uma barreira a mais para evitar “escritórios do crime” funcionando com energia elétrica, água, alimentação, assistência de saúde e local, bancados pelos impostos?

O governador Mauro Mendes, descartou a possibilidade de instalação desses aparelhos, preferindo investir na revista das celas e apertar a vigilância nas entradas dos presídios.

Não é uma tarefa qualquer. Contato com o exterior é presente na vida de presidiários muito antes dos tempos do orelhão, e não é só em Mato Grosso.

Sem esse problema, somente os presídios federais de segurança máxima. Mas eles não se parecem em quase nada com os presídios comuns.

Parabéns ao governo por não esconder o tamanho do problema, mas o resultado de cada revista nas celas, mostra que a entrega da Shopee está mais perto do que do fim dos celulares em presídios.

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