Finalmente o disse-me-disse por conta do voto impresso acabou. O tema foi votado pela câmara federal e reprovado. Por hora não há o que se discutir. O tema teve ponto final.
Legítimos posicionamentos, falsos argumentos, falas demais, provas de menos, escapismos, e tudo que assistimos até aqui. Ainda há o rescaldo do famoso choro de perdedores que não deve ter volume por muito tempo, mas com certeza voltará em tempo oportuno.
Sem entrar no mérito do projeto, até porque, seria extemporâneo, já que a decisão do plenário deve ser respeitada por todos, fico imaginando quando outro alguém será capaz de movimentar parte de nossa população para que outra pessoa ou instituição faça algo que lhe pareça justo, e que esse justo seja de relevância, de grande interesse, de urgência, enfim, que mereça tanto empenho e energia.
Sem buscar responsáveis diretos e indiretos, vou citar alguns problemas que, inegavelmente, temos no presente: Lista de itens indispensáveis com preços exorbitantes aumentando, Inflação, desemprego, numero de famintos, covid-19.
Para quem nasceu neste século, pesquise carestia. Em alguns casos já é, novamente, aplicável.
Para nós todos, um pequeno pedaço da história da humanidade foi dado a chance de testemunhar, fazer parte e até, mudar o estabelecido. Para nós brasileiros, essa janela tem por volta de 76 anos, que é a expectativa de vida medida por agora. O que faremos com esse tempo?
Acho que a primeira pergunta é: você quer um mundo só pra você? Quem não concorda contigo deveria se mudar ou morrer?
Se a resposta for sim, acredite, o mundo estará melhor sem você. Quem não consegue viver com o contrário, e principalmente aprender com o diferente, terá cada vez menos espaço.
Tudo isso para perguntar: Quando vamos parar de odiar inimigos alheios; reais ou imaginários? Quando vamos impedir que nos dividam, para lucrar com o “nós contra eles”? E finalmente, quando vamos lutar pelo que realmente interessa?
Como em uma corrida de bastão onde cada um faz seu melhor e entrega a outro que continuará a corrida, nossos filhos no caso, bem que poderíamos passar bons argumentos, bons ensinamentos e nenhum ódio, para que eles não percam o tempo de vida com as bobagens em que estamos atolados.
Paulo Sá, jornalista e analista político