CONSÓRCIO DA PAZ

Ninguém vai dar lance

Depois do enfrentamento entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro, como tudo que chama atenção e vira notícia no Brasil, veio a politização do fato.

Entre heróis, culpados, sucesso, tragédia e certo e errado, surgiu o Consórcio da Paz, que funcionaria como um acordo entre os governadores de direita que fariam, se necessário, um aporte de soldados entre os estados para lidar com situações específicas.

A guerra e seus mortos acabaram por servir mais politicamente do que como política de segurança, já que especialistas, de todas as vertentes políticas, são unânimes em afirmar que para a organização criminosa o impacto é zero, considerando um tempo curto, em que os mortos serão substituídos e os “negócios” continuarão no mesmo ritmo e movimentando o mesmo montante em dinheiro.

A ação ocorreu na sequência de um fala de uma infelicidade gigantesca, refeita pelo autor, mas que não repercutiu, que “os traficantes são vítimas dos viciados”, feita pelo presidente do país.

Os governadores de direta, todos contrários a PEC da Segurança, em reunião debateram a segurança pública e ao final decidiram criar o Consórcio da Paz.

Dá para afirmar que nenhum dos governadores irá utilizar a nova ferramenta. A reunião foi unicamente para prestar apoio ao governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), enquanto ele se defendida de críticas pela ação e culpava o governo federal pela falta de apoio.

A segurança é o item mais lembrado pelo brasileiro quando se pergunta o que deve melhorar no país.

Trazendo para Mato Grosso, o governador Mauro Mendes disse que ainda está avaliando utilizar forças policiais de outros estados no combate as facções.

Em situação normal, como a de cumprimento de mandados judiciais que ocorreu no Rio de Janeiro, seria admitir que não tem capacidade de combater o crime.

Não só isso, seria um atestado não só de incapacidade, seria a assinatura na constatação que o estado de Mato Grosso não possui número de soldados suficientes para defender sua população e se tornaria inexplicável a falta de concurso público para contratação de mais profissionais, com arrecadação superavitária, dando razão para opositores que andam a pé ou de “taques”.

Pesquisas apontam que mais da metade da população apoiou a ação, em que pese o método das pesquisas que usam georreferenciamento, para selecionar o público de determinada área, lançando a pergunta para quem se dispuser em responde-la, nas redes sociais.

A expressão “paredão”, tem tudo para ser substituída por “Muro do Bope”, sem prejuízo de uma bala se quer.

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