Sobre a prorrogação da validade do contrato com a empresa Norge Pharma, que administra o CDMIC (Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá), onde foram encontrados dezenas de caixas de remédios vencidos, em abril passado, o prefeito Emanuel Pinheiro afirmou em entrevista a Rádio Jovem Pan que a decisão não foi dele e sim da equipe técnica “a questão burocrática, decisão de equipe, não foi minha, eu estava até em Brasília”.
O prefeito lembrou que o problema é crônico “essa questão que há décadas perdura de medicamentos, insumos, falta, desvio, sumiço e tudo mais, vencimento de medicamentos, insumos, desde que eu fui vereador em Cuiabá, desde que o sistema funciona dessa forma, eu conheço pelo menos 30 anos essa realidade”
Ao ser perguntado pelo jornalista Paulo Sá se a renovação do contrato era absolvição da empresa pela administração dele, o prefeito disse que essa é de responsabilidade da justiça e que ele foi um dos maiores incentivadores da CPI aberta na câmara “E essa empresa até que prove ao contrário tem que cumprir suas obrigações, e pela avaliação da equipe, a empresa esta cumprindo. O processo esta em andamento e se a empresa for declarada culpada não vejo problema em romper o contrato. Não vou tapar o sol com a peneira nem na minha administração”.
A empresa – que já recebeu R$ 11 milhões da Prefeitura – é o principal alvo da CPI dos Remédios Vencidos e de uma ação do Ministério Público Estadual (MPE) por suposto direcionamento na licitação para a gestão do CDMIC.
O aditivo do contrato foi publicado no Diário Oficial de Contas, que circulou nesta terça-feira (8).
O prazo do contrato foi prorrogado por mais 12 meses, com vigência de 24 de janeiro de 2021 a 24 de janeiro de 2022. O documento é assinado pela secretária de Saúde Ozenira Félix.