Os partidos políticos nunca se importaram com a qualidade de seus representantes eleitos ou não, o que conta é o número de votos para fazer legenda. O trabalho que ele vai retornar a sociedade é assunto do próprio candidato, seus eleitores e coisa para a próxima eleição.
Dentro dessa lógica, a qualidade de nossos parlamentos vem caindo no atacado, com exceções esparsas no varejo.
Para ilustrar a situação, vem o anúncio que a vereadora novata Samantha Iris é candidata a deputada estadual na próxima eleição.
Samantha se elegeu com votos do Abilio, já que para o público era desconhecida e participava de sua primeira eleição.
Eleita para uma tarefa difícil, que é fiscalizar o trabalho do marido e pelo curto tempo no cargo, provavelmente, terá pouco a apresentar para os eleitores no próximo ano, além de, mais uma vez, contar com o carisma e aval do esposo, com grande chance de vitória.
Se retirarmos as moções de aplausos e repúdio não sobram muitos deputados com trabalho relevante a apresentar. Avaliando de forma mais criteriosa, não enche uma Kombi.
Em exercício rápido, tente lembrar os nomes dos deputados mato-grossenses juntando algum projeto ou ação que mereça destaque. Olha o tamanho do problema, são esses medíocres que irão direcionar os novatos.
É legitima a aspiração em mudar de “prateleira” galgando maiores níveis, ainda mais que a exigência de renúncia de mandato de vereador para concorrer ao mandato de deputado foi derrubada a muito tempo, de forma que até para não ser eleito vale a pena se candidatar, marcando posição e fazendo propaganda de si com dinheiro público, sem falar que o salário, as Verbas Indenizatórias, verba de gabinete e as emendas são muito maiores na AL/MT.
Assim como na música se aproveita ao máximo o momento de popularidade com o sucesso, na política vale a mesma regra.
E assim vamos reclamando da qualidade da música brasileira e elegendo “caneta azul “a “top hit”. É engano pensar que “pior que tá não fica”, “Oh mãe, compra Bobbie Goods”!