A política mato-grossense já teve exemplos de políticos que foram vítimas da própria vaidade que se transformou em arrogância. Não que os mesmos tenham sido vaidosos e arrogantes o tempo todo. O curioso é que isso, geralmente, ocorre após conquistas e vitórias.
Todo governante é cercado por assessores e conselheiros, pessoas nas quais ele confia para consultar e tomar decisões.
Não raro ouvimos dizer que este ou aquele governante vive em uma bolha. Na verdade todos vivem, mas existem algumas que são tão desconectadas da realidade do que pensam e querem os governados, que o resultado é inevitável: derrota na próxima eleição.
Mas isso não acontece rapidamente, vem aos poucos, com a troca de componentes de seu chamado núcleo duro, e com os interesses pessoais desse grupo. Mudam as pessoas, mudam os interesses, e o puxa-saquismo sempre abre espaço na mesa.
Talvez o exemplo mais conhecido seja a decisão do governador Dante de Oliveira, ao concluir seus dois mandatos que transformaram para melhor o estado, em optar por uma candidatura ao senado, abandonando uma eleição tida como certa para deputado federal. O homem das Diretas Já, o homem que derrotou Julio Campos e Carlos Bezerra juntos, teria condições plenas de realizar tal feito, não tinha. E isso que arrogância e vaidade não eram marcas da personalidade de Dante.
O governo, de um só mandato, de Pedro Taques, por ser mais recente e ainda ser lembrado por todos não precisa de muitas explicações para se encaixar no titulo deste material.
O atual governo de Mauro Mendes tem alcançado muitas vitórias. Os métodos podem ser questionados, mas o resultado não.
Acontece que o núcleo duro do governo estaria (repetindo) estaria, mudando. A mudança não seria de componentes e sim do numero de pessoas próximas. O grupo com acesso ao governador estaria menor e a regra principal seria massagem hard no ego do chefe.
“Ninguém fez o que você fez”, “A reeleição esta no papo”, “Você é o cara”. Esse tipo de frase estaria sendo usado como vinhetas são usadas em rádio, de música em música.
Se eu acredito?
Sem mudar de assunto, você viu o governador batendo boca com um desembargador?
Paulo Sá, jornalista e analista político