Desde a idade média, nas trocas de monarcas, quando feitas através de lutas, normalmente, o sucessor se mostrava mais cruel com o povo que seu antecessor.
Se a vitória se deu pelas armas, após a conquista, elas eram proibidas ou restritas aos defensores do reino.
A porta de acesso ao poder, utilizada pelo vencedor, sempre fechada para que ele não fosse vítima da mesma estratégia que utilizou.
Isso permanece na política até os dias atuais e se replica mundo a fora.
Os outrora defensores da livre expressão, praticando censura aos seus opositores, buscando abafar críticas legítimas, iguais as que ele próprio fez até atingir o poder.
Cuiabá experimentou hoje, um desses exemplos.
Resultado político exitoso do embate e principalmente de fiscalizações, o atual prefeito impediu que vereadores de oposição fiscalizassem uma obra pública, onde funcionará, ainda sem data anunciada, o Hospital Infantil de Cuiabá.
Abilio cresceu politicamente fiscalizando obras e aparelhos de saúde do município em todos os horários, inclusive de madrugada.
Deu certo para ele. Hoje, Abilio Brunini é prefeito de Cuiabá.
Mas é também, agora, o responsável pelas obras e aparelhos de saúde do município.
E as táticas se repetem.
O grande fiscalizador não quer ser fiscalizado.
As perguntas feitas ao seu antecessor pelo então vereador Abilio Brunini: “Tá escondendo o quê”? “Tem coisa errada que eu não posso mostrar”? Tem medo de quê”?
Vale para o agora prefeito Abilio Brunini.
Será que a resposta para a atitude censora também será de desqualificação e taxação?
“São uns maluquinhos, que só querem arrumar confusão para aparecer”.