O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, declarou na manhã desta segunda-feira (22), que conversou com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e ele afirmou que não havia prometido mandar doses extras para Cuiabá.
“Para minha surpresa, o ministro disse que nunca prometeu mandar doses extras, até porque ele não tem autonomia para isso. Eu até questionei sobre a possibilidade de vacinas, porque o prefeito anunciou isso, mas ele rechaçou dizendo que prometeu ajudar Cuiabá em outras coisas”, disse Figueiredo em entrevsta ao jornal Bom Dia MT ( TV Centro América).
Queiroga informou durante audiência pública, nesta segunda-feira (21), que o pedido de doses extras da vacina contra a Covid-19 feito ao governo federal pelos prefeitos de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB) não foi aceito. O pedido foi feito após a confirmação da realização da Copa América na Capital.
“Eu até disse anteriormente que eu achava pouco provável que nós recebêssemos vacinas especificas para um município, principalmente, por foça da Copa América. É uma notícia triste e, infelizmente, mais um fake news que nós tivemos ludibriando a população”, comentou o secretário.
Na última semana, Mato Grosso recebeu 32 mil doses da Coronavac, que devem ser utilizadas para reparar a possível falha estratégica dos municípios durante a operacionalização da vacinação, com a aplicação de segundas doses como primeiras doses. Também foram encaminhadas ao estado 37 mil doses da vacina da Pfizer e 112 mil doses da Atrazeneca.
Ainda segundo Figueiredo, há expectativa de chegada de mais doses do imunizante da Astrazeneca ainda nesta semana. Em relação às vacinas da Janssen, que chegaram ao Brasil nesta terça-feira (22), o secretário conta que os imunizantes podem ser encaminhados ao Estado nessa semana, mas ainda não há confirmação sobre a quantidade destinada a Mato Grosso. “Ainda não sabemos oficialmente quando vão chegar. Nós seremos contemplados, mas não sabemos exatamente em qual quantidade”, pontuou.
Já sobre o imunizante da Sputinik, que o Governo do Estado adquiriu junto ao Fundo Russo, há previsão de chegada de 75 mil doses, que devem ser destinadas para um grupo específico. “Vai ser um grupo específico porque temos que ter um controle da aplicação para aproximadamente 35 mil pessoas que devem ser as primeiras imunizadas. A Anvisa autorizou os estados adquirirem 1% daquilo que é proporcional a sua população, no caso de Mato Grosso são 75 mil doses. Nós estamos fazendo o planejamento em conjunto ao Consórcio para que a gente possa adotar todas as medidas protocoladas pela Anvisa”, explicou Figueiredo.
O secretário ainda orienta aos municípios sobre a adoção do sistema de xepa com as sobras de vacinas. “Quando o prazo está expirando ou se, porventura, alguém que agendou não compareceu ou mesmo se a fila acabou, as secretarias devem fazer uma busca ativa de pessoas que ainda não vacinaram para poder aproveitar essas doses. Isso está acontecendo no Estado todo, então não está havendo perda de vacinas. As equipes vão, inclusive, nas casas das pessoas para poder utilizar essas doses, chamadas de xepa”, acrescenta.
Em relação à inclusão de novos grupos prioritários, o secretário afirma que após o cumprimento da vacinação dos grupos já estabelecidos, o cronograma deve seguir o critério de faixa etária de forma decrescente. “Nós recebemos na Secretaria mais de 100 demandas oficiais de grupos que entendem que precisariam nesse momento serem prioritários. Após a última deliberação da Comissão Intergestores Tripartites (CIT), a decisão foi que a partir de agora não haverá a introdução de novos grupos após a finalização desses grupos que foram estabelecidos. A partir daí, a vacina será realizada pela idade de forma decrescente”, finalizou.
FOLHAMAX