Três vereadores de Várzea Grande, Gisa Barros, Feitoza e Galibert, surpreendem com uma fiscalização no Centro de Abastecimento e Distribuição de Insumos e Medicamentos (CADIM) e encontram medicamentos vencidos e vacinas que deverão ser descartadas por armazenagem em temperatura inadequada.
A fiscalização é uma raridade. De tão raro que é esse tipo de fiscalização ocorrer no município que os medicamentos vencidos não tiveram as datas de validade divulgados, muito provavelmente por estarem vencidos há bem mais tempo que a nova administração municipal e em pleno mandato dos mesmos vereadores na legislatura passada. Os três foram reeleitos.
Há de relevar-se a fiscalização seletiva e parabenizá-los pelo trabalho, pois através dele o contribuinte verifica como o dinheiro de seus impostos está sendo desperdiçado e a publicidade obriga a administração pública reparar os erros que foram cometidos para que remédios se perdessem.
Como a população várzea-grandense não sabe cobrar seus políticos, resta torcer.
Torcer para que não seja somente mais uma queda de braço entre a Câmara e o Executivo e que tudo voltará ao ritmo anterior assim que demandas, não divulgadas para o público, forem atendidas.
Torcer para que seja uma mudança de postura, de realmente desempenhar o papel a que se comprometeram ao pedir o voto.
Torcer para que no mesmo lugar que foi encontrado o endereço do CADIM, após tantos anos, possa também ser encontrada a razão do valor igual, até nos centavos, ao de Cuiabá no preço da passagem do transporte urbano, com rotas e exigências contratuais diferentes.
Torcer para que o próprio contrato de transporte urbano seja fiscalizado em multas aplicadas e efetivamente pagas para que desencoraje a única empresa (até quando?) na reincidência nas falhas.
Torcer para um trabalho sério na fiscalização do contrato de coleta de lixo.
Torcer para que a Câmara acompanhe e cobre tanto o processo de concessão do DAE como os investimentos urgentes na captação, tratamento e principalmente distribuição da água e não o número do telefone do presidente da autarquia.
Antes que algum vereador reclame que o marasmo legislativo de décadas também não pode ser cobrado “tudo de uma vez”, vamos a o final;
Várzea Grande passou de ponto de permitir no trato público, lojinha de “Secos e Molhados”, atendendo campos e a cidade.