"LA MANO DE DIOS"

Minha Casa Cuiabana

 

O projeto Minha Casa Minha Vida do governo federal está sendo invadido por posseiros em Cuiabá. Desta vez não é por inscritos que cansaram de esperar pelo final das obras e resolveram tomar posse antes do término da construção.

Estamos falando da posse do programa, sequestro de autoria e execução.

É comum novos administradores rebatizarem obras de seus antecessores, mesmo que seja somente uma continuidade de um projeto de longo prazo, mas sempre no mesmo nível de poder.

Em Cuiabá o Poeira Zero, foi lançado em 2012, Mauro mudou o nome para Novos Caminhos e Emanuel para Minha Rua Asfaltada.

Com dificuldade para tapar os buracos e para recapear pequenos trechos deteriorados que não comportam mais remendos, o prefeito Abilio Brunini tenta o impensável, se apropriar do projeto Minha Casa Minha Vida do governo federal.

Na cara dura, lançou o Casa Cuiabana, que tem toda a regra para inscrição do Ministério das Cidades, mas que segundo o prefeito pertence a prefeitura de Cuiabá e a essa administração.

Isso seria para não colocar na placa obrigatória do empreendimento o nome conhecidíssimo de décadas e a maneira prática foi assumir a autoria.

Um “gol roubado”.

Assim como Maradona, ao justificar um gol feito com a mão nas quartas de final contra a Inglaterra na Copa do  Mundo FIFA de 1986, Abilio saiu com a história de que o projeto tem dinheiro municipal e foi desmentido pelo Ministro de Cidades que gravou vídeo assegurando que 100% dos recursos são federais.

O remendo de Abilio ficou pior ao rebater o deputado Federal Emanuelzinho, de que a atual gestão teve que consertar erros da administração do pai do deputado, o ex-prefeito Emanuel Pinheiro, para viabilizar a vinda do investimento.

O problema da justificativa é que se tira do governo federal a responsabilidade pelo projeto, joga no colo de Emamunel, ou seja, Abilio é o único que não tem nada relacionado com a construção das casas.

Espichando a boa vontade até encobrir a honestidade, sobra um: Ladrão que rouba ladrão…, mas sem esquecer que, “O exemplo vem de ‘casas’”.

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