O barbeiro e cabeleireiro Felipe Mansur, 52 anos, nunca esqueceu do dia 22 de dezembro de 2015, quando durante uma relação sexual fraturou o pênis. Além do constrangimento, o acidente gerou traumas psicológicos que o perseguiram durante muito tempo
Mansur recorda do momento em que o pênis estalou: “Era como se tivesse quebrando macarrão, fez um clique e começou a ficar muito inchado, parecia uma berinjela grande e cheio de sangue interno, foi desesperador”, contou em entrevista ao Uol publicada nesta terça-feira (27.07).
O mineiro que mora no Rio de Janeiro cortou o preservativo às pressas com uma tesoura e, com muita dor, buscou socorro em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) próxima de sua casa. Em seguida, o homem foi encaminhado ao Hospital Souza Aguiar para fazer uma cirurgia de emergência, da qual saiu com 40 pontos e precisou remover o prepúcio, segundo ele.
Mansur ficou com uma cicatriz dos pontos e teve de lidar com o trauma provocado pela alteração de sua vida sexual. Ele relata que foi penoso o processo de recuperação, pois precisava evitar ter ereção — se ocorria de modo involuntário à noite, ele tinha de molhar a genitália com água fria —, não podia carregar peso e ficou em abstinência de relações sexuais e masturbação por três meses.
Quando finalmente teve alta hospitalar para retomar a rotina e ter uma vida sexual normal, sentiu ao mesmo tempo, alívio e insegurança: “Não tinha coragem, tinha ereção, desejo, mas tinha medo de quebrar novamente, tive receio de não estar cicatrizado na parte interna e acabava perdendo a ereção”, desabafa.
Como acontece
Ainda que incomum, a fratura peniana, como é conhecida, ocorre quando há rompimento dos corpos cavernosos do pênis. A confirmação da fratura é feita através de exame clínico. Após o diagnóstico e identificação do local da lesão, geralmente é necessário fazer uma cirurgia em até 6h após a fratura.
Quanto mais cedo for feito o procedimento, melhor será a recuperação e menor a possibilidade de sequelas, como disfunção erétil ou tortuosidade peniana. A recuperação total pode levar cerca de 4 a 6 semanas, durante a qual deve-se tomar medicamentos que inibam a ereção noturna involuntária e as relações sexuais ficam proibidas (Com informações do portal Tua Saúde).