Em um depoimento de Sandro da Silva Rabelo, o Sandro Louco como é conhecido, condenado a mais de 200 anos de prisão e preso desde 1991, ele revelou que era dono de um mercadinho dentro da Penitenciaria Central do Estado entre os anos de 2013 e 2022.
O Mercadinho do Preso como era chamado, se mostrou altamente lucrativo, segundo o “proprietário” Sandro Louco, o faturamento líquido era de 75 mil reais por mês.
Com 2.880 clientes fixos, correspondente ao número de presos naquela unidade prisional, recorrer as gondolas do “MP” era uma situação que “não tinha como fugir”, sem falar nos familiares que, além de pagar a conta dos presos, eventualmente, podiam se encantar por algum produto.
A “legalidade” do empreendimento foi fornecida pela Associação dos Servidores da Penitenciaria Central, que recebia a lista de compras e providenciava os produtos para revenda.
A Aspec, movimentou, em 3 anos e 9 meses, 13 milhões de reais. Isso sem possuir capital social.
Hoje foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão, 4 em residências e 1 na Aspec.
Puxa uma pena, sai uma galinha. Elogiável a determinação do Estado em levantar seu próprio tapete para a faxina, mas não tem como não notar que não foi preciso para isso, nem um dia acrescentado em uma lei penal.