O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) publicou, na manhã desta segunda-feira (22), uma nota exigindo um posicionamento dos governantes de caráter mais restritivo e imediato, para diminuir os casos de infecção por covid-19. Segundo a nota, o sistema de saúde no Estado está colapsado e a medida de quarentena obrigatória ou lockdown é necessária.
“Conclui-se que essa medida de quarentena ou lockdown já vem com atraso considerável. Adiar ainda mais essa decisão pode trazer ainda mais desgraças às famílias mato-grossenses”, diz a nota.
Ainda de acordo com o sindicato, a implantação de medidas mais restritivas pode interferir na cadeia de transmissão do vírus para aliviar os serviços de saúde. Também garantiria tempo para reestruturação do sistema com um todo.
O Sindimed ressalta que essa reestruturação já deveria ter sido planejada com antecedência, considerando mais de um ano de pandemia e seis meses da primeira curva. No entanto, como as medidas tomadas não foram as adequadas e a segunda onda de contaminação se tornou realidade, as medidas restritivas são necessárias para evitar que pessoas morram sem receber atendimento médico adequado.
Thank you for watching
“As pessoas vão morrer sem assistência médica e isso é uma situação extrema que pode inclusive sobrecarregar o sistema funerário”, finaliza a nota.
NOTA SINDIMED
O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso- Sindimed-MT vem a público exigir um posicionamento dos governantes de caráter mais restritivo e imediato, como medida para diminuir a infectividade pelo coronavírus.
As pessoas que hoje necessitam de uma vaga em enfermaria ou em uma unidade de terapia intensiva se contaminaram há cerca de 10 a 25 dias atrás. Hoje, o sistema de saúde no Estado de Mato Grosso está colapsado. Conclui-se que essa medida de quarentena ou lockdown já vem com atraso considerável. Adiar ainda mais essa decisão pode trazer ainda mais desgraças às famílias mato-grossenses.
A utilização de medidas mais restritivas tem o objetivo de interferir na cadeia de transmissão do vírus para aliviar os serviços de saúde, dando tempo de reestruturá-los e manter a assistência adequada à população. Vale ressaltar que essa reestruturação já deveria ter sido planejada com antecedência, considerando mais de um ano de pandemia e seis meses da primeira curva. Nesse primeiro momento os gestores deveriam ter treinado profissionais de saúde, expandindo o número de leitos de UTIs, construído um hospital de campanha e mais locais de atendimento de forma descentralizada. Mas não se organizaram, não planejaram.
O Sindicato alerta que se não forem tomadas essas medidas para conter a propagação do vírus, as pessoas vão morrer sem assistência médica e isso é uma situação extrema que pode inclusive sobrecarregar o sistema funerário.