O BICHO PEGOU

Mauro lembra secretários afastados e rebate Emanuel: “esqueça meu nome e cuide da sua turma”

O governador Mauro Mendes (DEM) rebateu as acusações do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), sobre um suposto uso político da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor). A resposta de Mauro veio na noite desta terça-feira (22), poucas horas após o prefeito enviar uma representação à Corregedoria da Polícia Civil contra o delegado Eduardo Botelho, titular da Deccor.

Em entrevista ao programa Resumo do Dia, Mauro lembrou o afastamento de cinco secretários da Prefeitura de Cuiabá, por suspeita de atos de corrupção. Mais cedo, no mesmo dia, o governador chegou a sugerir que Emanuel peça intervenção no Poder Judiciário e no Ministério Público, já que foram esses órgãos que determinaram o afastamento de seus secretários.

“Eu sugiro ao prefeito que vá trabalhar. Esqueça meu nome e cuide aí da sua turma. Ao invés dele explicar o porquê cinco secretários foram afastados. Não foi pela Delegacia. A Delegacia não afasta ninguém, quem afastou foi pedido do Ministério Público e autorização da Justiça. Cinco secretários dele foram afastados por corrupção. Então, ao invés de ele explicar isso, fica inventando essas conversas”, disparou, na entrevista.

Mauro chegou a comparar a reclamação de Emanuel com os assaltantes de banco que estão sendo procurados por uma força-tarefa de 120 policiais na região Norte do estado, após atacarem dois bancos simultaneamente.

“Ele reclama do delegado. Estão lá os cangaceiros reclamando do Bope também. Mas eu vou mandar os policiais pararem de perseguir os cangaceiros? Não vou mandar a Delegacia parar de investigar ninguém que está fazendo coisa errada. Para de fazer coisa errada que não vai ter problema com a Justiça, com o Ministério Público e nem com a Delegacia Fazendária. Vão continuar investigando, seja ele qualquer um”, afirmou.

A ACUSAÇÃO

Na tarde desta terça-feira (22), o prefeito Emanuel Pinheiro requereu ao corregedor-geral da Polícia Civil que apure a suspeita de uso político da Deccor, por parte do delegado Eduardo Botelho, para promover uma perseguição por motivação política, em razão do alinhamento do delegado com o governador Mauro Mendes, adversário político do prefeito.

“[São] denúncias muito sérias, com indícios fortíssimos que remetem à falta de isenção, ao direcionamento, ao abuso, à perseguição política e ao uso do aparelho estatal – Deccor, com o intuito de me atingir e de atingir à minha administração”, disse o prefeito.

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