Aprovado em duas votações na Assembleia Legislativa, o projeto de aumento de 6,8% ao funcionalismo do judiciário mato-grossense foi vetado pelo governador Mauro Mendes.

Na segunda sessão, o número de votos favoráveis ao aumento foi de 15 deputados, com apenas 3 votos contrários.

Na votação secreta, realizada hoje, para manter ou derrubar o veto do governador, o resultado apresentou 12 votos favoráveis ao veto e 10 contrários.

Cinco deputados mudaram seu voto e ou se abstiveram de votar.

De um lado o judiciário dizia ter condições de arcar com a despesa e de outro o governador reclamando que anteriormente os pedidos do tribunal eram por mais dinheiro para aumentar o número de comarca e não conceder aumento aos servidores.

O indigesto “Vale -peru” de 10 mil reais, do natal do ano passado, ainda não completamente esquecido pelos pagadores de impostos, que tiveram que ouvir a justificativa do TJ/MT, que era para atender a “necessidade nutricional” de destacados aparelhos digestórios, colaborou para um distanciamento da sociedade em apoiar a reivindicação de aumento salarial.

O temido efeito cascata, relatado pelo governador, era real.

Não vale a pena discutir a mudança de posicionamento de alguns deputados. Isso é parte do jogo.

Mudança de voto, ausência, saída estratégia na hora da votação para atender uma “urgência” no gabinete. Isso faz parte de um teatro para quem acredita que votações não são definidas antes que comece a sessão parlamentar.

Ao final todos conseguiram o que pretendiam, menos o servidor, que sem saber era moeda de troca.

Neste caso, não era o trator palaciano que era gigante, a obra é que era pequena. O número de servidores do judiciário é próximo de 7 mil, se dividir pelo número de candidatos na próxima eleição…