A ex-mulher de Lázaro Barbosa e a sogra disseram à Polícia Civil que ele foi à casa delas e deixou R$ 350 para o filho dele horas antes de ser morto em Águas Lindas de Goiás. O fugitivo, suspeito de matar cinco pessoas em Cocalzinho de Goiás e Ceilândia, morreu em confronto com a polícia após 20 dias de fuga.
“Elas só admitiram que ele passou lá, deixou um dinheiro que seria para o filho, R$ 350, e teria dito que fugiria para o Distrito Federal para se esconder na casa de um familiar ou conhecido”, disse”, disse o delegado Cléber Júnior Martins.
A suspeita é que, por ele estar escondido no mato, precisava de alguns itens, principalmente comida, para continuar se mantendo durante a fuga e que as duas estariam levando até Lázaro.
“Elas negaram que seriam as que levariam ele [para alguma outra casa ou cidade]. A gente até desconfia que não fossem elas, mas que as duas intermediariam alguém para levar”, explicou.
As duas foram entrevistadas pela polícia na última segunda-feira (28), apenas para passarem informações que pudessem ajudar nas investigações e saber se elas estavam ajudando de algum modo.
“Se confirmou que elas estavam ajudando mesmo. Agora vai ser feito o procedimento relacionamento ao favorecimento que elas estavam dando. Elas estavam escondendo ele na casa, sem avisar as autoridades sabendo que ele era um foragido que era perseguido”, disse o delegado.
Martins explicou que, caso fique comprovado apenas o favorecimento a Lázaro, elas responderão a um Termo Circunstanciado de Ocorrência pelo fato de ser um crime de menor potencial ofensivo. Para a polícia, elas não foram intimidadas pelo foragido a ajudá-lo.
“A ex-companheira e a mãe dela a gente tinha imaginado que elas não ajudariam na fuga, mas se mostrou o contrário. Não houve ameaça e coação do Lázaro contra elas. Houve livre vontade mesmo”, afirmou.