O lateral-direito do Cuiabá, Matheusinho, foi um dos alvos da Operação Penalidade Máxima, deflagrada na terça-feira (14) pelo Gaeco e Ministério Público. Ele é suspeito de participar da associação criminosa especializada na manipulação de resultados de partidas de futebol profissional.
Segundo o promotor Fernando Cesconetto, o esquema de apostas consistia na marcação de pênaltis ainda no primeiro tempo. Os três jogos suspeitos de manipulação são Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina, todos válidos pela última rodada da Série B do ano passado. Destas três partidas, apenas em Vila Nova x Sport não houve a marcação do pênalti, fato que, de acordo com Fernando Cesconetto, impediu o êxito da aposta. No caso da partida entre Sampaio e Londrina, Matheusinho foi o responsável pelo pênalti, cometido aos 21 minutos do primeiro tempo.
“A manipulação consistia em cometer pênaltis sempre no primeiro tempo dos jogos de forma a garantir um elevado ganho financeiro para os apostadores e também para atletas direta ou indiretamente envolvidos. Acontece que para a aposta dar certo, era necessário que os pênaltis ocorressem nos três jogos. Em dois jogos, os pênaltis aconteceram. No caso do jogo do Vila Nova, que é a vítima e denunciante do caso, o pênalti não aconteceu. Isso gerou prejuízo para os apostadores. Estima-se que o prejuízo aos apostadores foi de R$ 2 milhões”, disse o promotor, conforme divulgado pelo Globo Esporte. O Cuiabá acertou a contratação do lateral-direito Matheusinho, no início do ano. Ele havia acertado com o Khimki, do Japão, mas a negociação não deu certo e o atleta chegou a um acordo com o Dourado.
No meio da temporada passada, o time Auriverde chegou a negociar com o atleta, mas as conversas não evoluíram. Matheusinho foi um dos destaques do time maranhense na Série B na última temporada com 34 partidas disputadas, um gol e quatro assistências.