GOLPE DA MANGUEIRA

Idosos são os maiores alvos em Cuiabá

Nesta semana uma cuiabana comprou talvez a mangueira de gás mais cara do Brasil. O suspeito de aplicar o golpe foi identificado como Alesandro Antonio Lopes de Souza. Ele é acusado ter lesado idosos nos bairros Guanabara, Areão, Lixeira e Pedregal, em Cuiabá.

Com um carro Hyundai HB20 de cor branca, modelo sedan e usando o crachá da empresa Copagaz, ele sai de porta em porta oferecendo mangueira para usar no botijão de gás, vendendo a idéia que o material ofertado segue a “nova legislação” exigida pelo Corpo de Bombeiros para evitar possível explosão doméstica.

Acreditando nisso, a senhora A.F, de 68 anos, perdeu 8 mil reais, nessa quarta-feira (16).  Ele ofereceu a mangueira pelo valor de 200 reais, mas na hora de passar o cartão é que o suposto golpista consegue fisgar as vítimas, com tentativas “não concretizadas” de efetuar o pagamento e confundido o idoso (a) que, no auge do nervosismo, acaba digitando a senha. “Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo, sempre assisto programa policial. Mas ele foi tão convincente e rápido que me deixou confusa”, lamentou A.F.

Neste caso acima, a vítima fez boletim de ocorrência e na delegacia ficou sabendo que Alesandro é antigo conhecido da polícia e para sua desagradável surpresa, ao contactar a agência bancária da Caixa Econômica onde tem conta, foi informada que o valor passado no débito, não poderia ser ressarcido, com alegação que o mesmo só poderá ser feito pelo suspeito que não foi detido. Porém, o advogado Rodrigo Palomares esclarece que esse tipo de golpe aplicado em pessoas hipervulneráveis gera o dever de responsabilização da instituição bancária em decorrência da quebra do dever de segurança.

Neste sentido, o consumidor lesado para garantir seu direito deve imediatamente após o golpe formular boletim de ocorrência e registrar reclamação formal ao banco requerendo o bloqueio cautelar da conta de origem e da conta destino. E, se mesmo assim, o banco negar o reembolso dos seus prejuízos, a vítima deverá ingressar na justiça para pleitear a reparação dos seus danos materiais e imateriais (moral e temporal), explicou Palomares.

Em contato com assessoria de imprensa da Caixa Econômica ainda não obtivemos resposta. Já no telefone da empresa cadastrada na maquininha, em nome de Alesandro Antonio Lopes de Souza, uma mulher denominada Maria atendeu a ligação e disse desconhecer o fato e o suspeito, justificando que o número do celular tinha sido adquirido há duas semanas. A nossa produção também entrou em contato com a empresa Copagaz, que informou não fazer visita oferecendo esse produto. Sobre a exigência que teria sido feita pelo Corpo de Bombeiros, aguardamos nota a respeito.

Para que você também fique alerta sobre esse golpe, segue foto da pessoa que usou a maquininha para lesar a senhora de 68 anos, que estava juntando dinheiro para cirurgia do marido doente.

 

 

 

 

 

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