Durante a posse do cargo de comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, nesta sexta-feira, o ex-comandante, coronel Alexandre Mendes pôs o governador Mauro Mendes em uma daquelas situações que causam “bico” e cenho franzido.
Alexandre Mendes falou dos esforços que fez para que os soldados tivessem aumento salarial, levando por diversas vezes, proposta de melhores salários, isonomia entre as forças e defendeu a tropa de uma ação insuficiente contra as facções, acusação nas entrelinhas dos pronunciamentos anteriores do govenador, que quer a PM mais combativa ao crime organizado.
O governador se sentiu incomodado e na entrevista coletiva com a imprensa, pôs a culpa na forma que o pedido foi feito, o ambiente da cobrança e apontou ser pressionado.
“Talvez ele não usou a estratégia e não dialogou corretamente. Acho que o diálogo tem que ser feito. Cobrança em público e pressão em cima do governador Mauro Mendes já ficou demonstrado dezena de vezes que não funciona”.
A fala do ex-comandante não foi para o govenador, foi para a tropa.
Não foi uma cobrança, foi uma justificativa ao seus comandados, na presença de quem não concordou com as melhorias salariais.
O relacionamento entre os dois não acabou bem.
Para os soldados, o sentimento é de: “eles que são Mendes, que se entendam”, mas se houvesse eleição para o senado hoje, e só a PM votasse, Alexandre Mendes se elegia.