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Gonet discorda de Lira e defende delação premiada para presos

O tema voltou ao debate após o presidente da Câmara incluir na pauta da Casa um requerimento de urgência para um projeto de lei que veda as delações premiadas e criminaliza sua divulgação
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, acrescentou que a delação nunca será a única prova

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu nesta quarta-feira (19) a realização de delações premiadas com pessoas presas durante evento da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Para ele, impedir o uso desse meio de obtenção de provas em investigações “não faz sentido” desde que a prisão seja legítima e a delação seja homologada pela Justiça. “Há sempre quadro de pressão em cima do colaborador. Se não tiver pressão, não existe colaboração”, afirmou. “É possível apresentar (ao preso): as consequências do seu comportamento são essas, mas você pode ter amenizadas essas consequências se me ajudar com dados, aos quais não temos outros meios para acessar, contando o que você sabe. Isso é mais do que legítimo, não há nada que impeça”, disse.

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