Em entrevista à Rádio Jovem Pan Cuiabá – 94,9 FM nesta quinta-feira (05.05), o tenente coronel do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT), Heitor Fernandes da Luz, disse que era o seu terceiro salto quando passou um sufoco na última terça-feira (03.05), após o seu paraquedas principal falhar (Veja AQUI).
“Foi meu terceiro salto na vida. A média é de acontecer uma falha pra cada mil saltos de um paraquedista. E eu no meu terceiro salto já tive falha essa. Eu tive uma pane, que não é uma falha humana. Ela é improvável acontecer, mas pode acontecer. Um dia antes do salto, a gente fez um curso teórico de solo de oito horas de duração para entendermos o paraquedas e estudar as panes e anormalidades e o que fazer em cada uma delas”, afirmou o tenente coronel.
O tenente-coronel estava há dois dias em Boituva (SP) e o dia do incidente era o último dia do curso em que ele foi o coordenador, o 4º Curso de Especialização de Salvamento em Altura. No momento do salto, o tenente coronel constatou que o seu equipamento apresentou uma pane que foi a line over quando há problemas na abertura do velame. “E eu tive essa sorte ou azar de acontecer comigo do velame não abrir perfeitamente”.
Diante do risco iminente, o militar teve que agir rapidamente e, com aplicação de técnicas, conseguiu se desprender do paraquedas principal e acionar o reserva. Todo episódio foi gravado até a chegada dele em solo e comemorado com muito alívio por todos que estavam presentes. “O paraquedas reserva cumpre a função que é do paraquedista não morrer. E é quase impossível o paraquedas principal e o reservam falharem”, explicou o bombeiro.
Questionado se ficou com algum trauma por conta do episódio, Heitor disse que não, destacando que a incidência de acidentes em saltos é muito pequena. Segundo ele, anormalidades e panes acontecerem nestes casos são comuns.
“Por isso que você treina, se problemas acontecer saber o que fazer. “Confesso que Depois que aciona o reserva e funciona, você fica mais tranquilo. Ah, então funciona. Se minha esposa estiver ouvindo vai ficar brava”, comentou de forma descontraída durante a entrevista. “A primeira coisa que fiz depois que pousei foi ligar para a minha esposa e contar o que aconteceu”, finalizou.
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