Familiares e amigos estão há 15 dias em busca do jovem paranaense Douglas Silvério Gomes, 24, que desapareceu na madrugada de 1º de janeiro, em Campo Verde (131 km ao Sul de Cuiabá), enquanto passava a virada do ano na casa da namorada, que conheceu na internet. Linha do tempo do desaparecimento leva a crer que ele tenha sido confundido com membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e tenha sido alvo da facção rival, Comando Vermelho (CV), atuante em Mato Grosso.
Prima de Douglas, Priscila Gomes, que mora em São Paulo, conversou com a reportagem do e contou que ele é um menino do bem, inocente e que acha que ‘todo mundo é seu amigo’. Segundo ela, as versões são contraditórias, já que não há ninguém da família em Campo Verde acompanhando o caso, apenas a namorada – que registrou um boletim de ocorrência.
“Até onde a gente sabe, ele foi abordado por alguns homens e questionado de qual facção ele era. O Douglas tem tatuado uma carpa, que seria o desenho gravado por membros integrantes do PCC. Então, essas pessoas pensaram que ele era um dos faccionados. Ele nunca foi membro de nada disso”, disse a prima.
Além disso, Douglas chegou a gravar um vídeo e enviar para a família dizendo que o pessoal da cidade estava olhando para ele já que em MT, quem liderava era o CV e no Paraná o PCC e que, por isso, estava com medo. No dia 31 foi a última vez que falou com o pai e já no dia 1º de Janeiro, não foi mais visto.
Pedido de resgate
Dias depois, usando o facebook de Douglas, a família começou receber mensagens informando que ele estava sendo refém e os bandidos pediam uma quantia de R$ 7 mil. Humildes, disseram que não tinham esse valor.
Após conversas, conseguiram baixar para R$ 2 mil. O dinheiro foi depositado, mas o jovem não foi liberado e depois disso, não se teve mais notícias dele. Há informações de que ele foi visto amarrado em Jaciara e até mesmo em Cuiabá, mas nada foi confirmado.
Reportagem do entrou em contato com a Polícia Civil da cidade, mas não obteve retorno. Informações sobre o paradeiro de Douglas devem ser repassadas às autoridades via 190 ou 197.