OPERAÇÃO FOLLOW THE MONEY

Farmácia de Cuiabá usada para lavar dinheiro do tráfico movimentou R$ 9 milhões em dois anos 

As investigações da Polícia Civil de Mato Grosso, que embasaram a Operação Follow the Money 2 para descapitalizar uma facção criminosa que age em Sinop, apontaram que uma farmácia usada na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas movimentou R$ 9 milhões em um período de dois anos.

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A operação foi deflagrada nesta terça-feira (10), pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Sinop, responsável pela investigação. É um desdobramento da primeira fase, de março deste ano. A análise financeira apontou que a farmácia, localizada em Cuiabá, movimentou a quantia milionária entre os anos de 2022 e 2024. Conforme a investigação, os valores de entrada e saída de capital eram semelhantes, o que evidencia a lavagem de capitais, sendo o estabelecimento usado para dissimular as transações ilegais obtidas com o tráfico de entorpecentes em Sinop.

Localizada no bairro Tijucal, em Cuiabá, a farmácia teve as atividades suspensas por decisão judicial durante a primeira fase da operação. Os medicamentos apreendidos, avaliados em 190 mil reais, foram doados à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. Nesta segunda fase da Operação Follow the Money, a proprietária da farmácia foi presa por decisão da 5ª Vara Criminal de Sinop. Ela também foi alvo da primeira fase, mas estava em liberdade provisória.

O irmão e a cunhada do líder da facção criminosa que atua em Sinop, que está preso em uma penitenciária estadual, também foram presos na segunda fase da Operação Follow the Money. O casal recebia ordem de dentro da unidade prisional e fazia negócios, como compra de imóveis, em nome deles e de ‘laranjas,’ para obter lucro e dar aparência de licitude aos valores arrecadados com o tráfico.

Onze imóveis adquiridos com a lavagem de dinheiro foram alvos de sequestro nesta segunda fase. Entre eles, estão um conjunto de quitinetes, casas em construção e uma chácara à beira de um rio, localizados no município de Sinop; e outros dois em Altamira, no Pará. Além dos imóveis, houve o sequestro de veículos e cota social de uma empresa. Os 20 mandados foram cumpridos em Sinop, Cuiabá e Altamira (PA).

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