O jargão popular que cadeia é escola do crime foi ultrapassado. Os professores não são mais bandidos especializados em algum tipo de crime, mas fracos para corridas e estão presos porque o policial foi mais rápido.
Estamos falando de professor contratado pelo estado, com currículo para desempenhar a função em escola regular estadual.
Um docente, com nome ainda não divulgado, foi preso em Sinop onde lecionava matemática, por recrutar seus alunos para a facção a que pertence e ter encomendado espancamento, os chamados “salves”, de três alunos que, dentro das dependências da Escola Estadual Mário Spinelli, comentavam que o professor era faccionado.
O delegado que apresentou a denúncia disse que, em janeiro, suspeitos de cometer homicídios foram presos na residência do professor, que sem provas foi liberado, mas observado desde então.
Durante o espancamento, os três meninos foram encontrados pelo irmão de um deles, que foi informado sobre o sequestro.
Uma menina, menor de idade, foi apreendida e confessou sua participação, alegando estar sendo coagida pelo denunciado.
Além de cooptação para crime, o educador também aliciava sexualmente as alunas, oferecendo notas escolares e drogas.
O acusado permaneceu em silêncio diante do delegado, Bruno França.
A Secretaria de Educação do Estado ainda não se manifestou sobre o ocorrido.
É evidente que se trata de algo pontual, incomum, mas pode quebrar a tranquilidade da frase: “Meu filho está na escola”.
Depois disso, se não acender nenhum de luz, de nenhuma cor, no painel da sociedade e autoridades mato-grossense, arrumem as malas, a selva é logo ali.