A PRIMEIRA GUINADA

Era uma vez um discurso de vereador

 

Abilio ainda não começou seu mandato de prefeito, mas pelos primeiros passos o Abilio legislador não será superado pelo Abilio executivo. Seria um ganho para a cidade se fosse.

O problema está em tudo que disse em sua carreira política até aqui, e ao passar para o outro lado do balcão vai repetindo atos que denunciou aos brados das tribunas que ocupou.

A luta de um vereador em acabar com os mandos e desmandos do Palácio Alencastro, apoiado por uma maioria de paus mandados em uma Câmara omissa, se tornou uma disputa pública de um prefeito, para conseguir maioria para seu próprio mandato.

A lorota da não interferência, de poderes independentes, contada por todos seus antecessores prefeitos, e dele próprio dias atrás, estava indo bem, como sempre vai, desde que a expectativa de vereadores eleitos e reeleitos sejam atendidas.

A demanda justifica o valor nas negociações. Isso vale mais que as juras de amor e as muitas repetições de “TMJ” durante a campanha.

Do nada, surgem três grupos na Câmara, o das mulheres eleitas e reeleitas, o grupo dos homens vereadores de oposição ao prefeito Emanuel e um com os apoiadores dessa administração que se reelegeram. Nenhum tem maioria.

Com esse cenário a Mesa Diretora poderia ficar na mão da oposição. Pronto, a demanda está criada.

É aí que a careca e o punho cerrado dão lugar a “monocelha”, como fizeram todos Santos, Mendes etc.

Verdade seja dita, nenhum dos antecessores usou a suspeita como desculpa para mudar um discurso fresquinho.

“Não vou entregar o comando da Câmara para o CV”, e que ficou sabendo dessa intenção por “bocas”.

Com certeza causou inveja.

 

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