CONFINAMENTO

Empresários prevêem 60 dias “críticos”; MT terá 10 dias de lockdown a partir de 6ª

Com o recuo na proposta de antecipar feriados, o Governo de Mato Grosso pretende decretar um lockdown de 10 dias em todo o Estado para entrar em vigor na próxima sexta-feira (26). A proposta é debatida com representantes de diferentes entidades que representam o setor produtivo que avaliam ser necessário elevar para, no mínimo, 55% o índice de isolamento social que no momento oscila entre 36% e 40%.

O Governo de Mato Grosso não irá mais antecipar feriados e pretende decretar um “lockdown” de 10 dias em todo o Estado. A data prevista  para entrar em vigor é na próxima sexta-feira (26). A proposta debatida com representantes de diferentes entidades que representam o setor produtivo avaliam ser necessário elevar para, no mínimo, 55% o índice de isolamento social que no momento oscila entre 36% e 40%.

A previsão para os próximos 2 meses é de um cenário ainda mais caótico na saúde, com muitas mortes por Covid-19. Diante disso tem sido “quase consenso” entre empresários e gestores públicos que o “lockdown” é a única saída nesse momento para frear o avanço da pandemia.

A proposta de “lockdown” prevê o funcionamento apenas de atividades essenciais entre os dias 26 de março e 5 de abril, sendo que cidades terão as fronteiras fechadas e utilização de todo efetivo da Polícia Militar para evitar deslocamentos e aglomerações.

A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e a Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT) já se manifestaram na manhã desta segunda-feira. Ambas as instituições afirmaram que nesse período de crise, as atividades da indústria e do comércio consideradas essenciais têm sido fundamentais para atender a população mato-grossense e precisam funcionar para não desabastecer Mato Grosso e o Brasil.

“Essa é a nossa postura desde o início da pandemia. Durante as reuniões, já conseguimos o compromisso do governo de que não serão decretados feriados antes da próxima sexta-feira (26/03)”, informou o presidente da Fiemt, Gustavo Oliveira, ao confirmar que participou de várias reuniões com o Governo do Estado nesse fim de semana.

“Nosso índice de isolamento social oscila entre 36 e 40% – e precisamos chegar a a um mínimo de 55%, até que a pressão sobre os hospitais diminua. Isso não significa fechamento geral, mas sim a restrição de algumas atividades e, sobretudo, convencer as pessoas a buscar a própria segurança, mantendo o distanciamento, evitando aglomerações e deslocamentos desnecessários. Teremos 60 dias muito críticos, com a perda de muitas vidas. Perante esse cenário, é fácil concluir a probabilidade de “lockdown” é muito grande. Para evitarmos isso, só existe uma via: manter o diálogo aberto e negociar, contribuindo com estratégias e ações”, constam nas notas divulgadas pela Fiemt e pela Fecomércio.

De todo modo as reuniões e “negociações” entre membros do Governo e de outras entidades representativas do setor produtivo continuam no decorrer desta segunda-feira e ao longo de toda a terça-feira (23).

 

 

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