O empresário Wesley Bocardi de Miranda, 44 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (22.07), devido às complicações da Covid-19. Ele estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro de Cuiabá desde o dia 10 deste mês.

Wesley, era apaixonado por motos de altas cilindradas e fazia parte do grupo motociclístico MT Group.

Wesley e sua esposa Tatiana Gabriel, também eram praticantes de ciclismo. No ano passado, o casal realizou um passeio pedalando do Mato Grosso à Santa Catarina. A viagem teve duração de 28 dias.

Em mais uma aventura, o casal e a turma do ciclismo pegaram um ônibus em Cuiabá com destino a uma cidade próxima. Eles fariam o trajeto de volta pedalando, no entanto, havia um passageiro contaminado no coletivo que acabou transmitindo o coronavírus para o casal e outros ciclistas.

Após alguns dias, os dois começaram a se sentir mal, e em 9 de julho foram internados. O quadro de Wesley piorou e no dia seguinte ele já precisou ser transferido para a UTI onde foi intubado.

Familiares, amigos e integrantes do grupo de motociclistas chegaram a organizar uma “vaquinha virtual” para a arrecadação da compra de seis doses de uma injeção que custaria R$ 25 mil a dose e que poderia ajudar na recuperação.

Em 16 de julho, Tatiana recebeu alta hospitalar e o empresário continuou internado. Emocionada, Ela publicou em sua rede social, que teria vencido a Covid-19 e estaria esperando o esposo com toda fé e amor.

“Eu venci o covid e agora tô esperando, com toda a minha fé e meu amor, a vitória da minha vida Wesley Bocardi. Estou te esperando aqui fora amor!”, escreveu Tatiana.

Nesta manhã, horas antes de receber a confirmação da morte do companheiro, ela pediu pela melhora dele. “Pai, renova minhas forças, restaura a saúde do meu marido Wesley Bocardi”, disse em uma postagem.

O empresário deixa a esposa, um filho do primeiro casamento e dois enteados, filhos de Tatiana.

Por se tratar de um caso de Covid-19 não haverá velório, no entanto, integrantes do grupo de moto organizaram uma “motociata” que deve acompanhar o cortejo até o cemitério.