10 ANOS DE PRISÃO

Empresário é condenado por torturar ex em MT e volta a ser preso

O juiz Roger Augusto Bim Donega, da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste, condenou o empresário Jonathan Galbiatti Mira a pena de 10 anos e seis meses de reclusão pelos crimes de tortura, cárcere privado, posse ilegal e disparo de arma de fogo. A sentença foi proferida na última sexta-feira (24).

A vítima do empresário é sua ex-namorada. Em maio deste ano, ela foi mantida em cárcere privado e torturada por ele durante quatro horas, que ainda a ameaçou de morte.

Na decisão, o juiz apontou que Jonathan não aceitou o término do namoro com a vítima e, por conta disso, desferiu as agressões. “Constata-se nos autos que o acusado praticou o crime movido por ciúmes e pelo sentimento de posse que nutre pela vítima, pois não aceitava o fato da vítima não querer reatar o relacionamento”, diz trecho da decisão.

O magistrado ainda determinou que a pena seja cumprida em regime fechado. Com isso, ele deixará a clínica de reabilitação para dependentes químicos no Estado do Paraná, onde está internado desde agosto para se livrar do vício das drogas. “Assim, considerando a periculosidade que o acusado representa para a sociedade, considerando ainda, que o regime fixado na sentença é o fechado, este não é compatível com o benefício concedido ao acusado de prisão domiciliar – internação”, diz trecho.

Segundo as informações, Jonathan já foi detido pela polícia paranaense. Agora, o empresário deve ser transferido para Primavera do Leste, onde irá para uma unidade prisional.

O CASO

Conforme divulgado por FOLHAMAX, em maio Jonathan Galbiatti espancou a namorada dentro da casa dele numa sessão de tortura de aproximadamente quatro horas. A vítima, que também tem 26 anos, manteve relacionamento com o acusado durante seis anos e conforme detalhes da prisão preventiva, a relação era marcada pelo comportamento agressivo e descontrolado de Jonathan. Detalhes da sessão de tortura foram descritos pelo Ministério Público Estadual (MPE) ao representar pela prisão do agressor.

Segundo o MPE, a vítima manteve um relacionamento abusivo com Jonathan que foi marcado pelo comportamento agressivo, destemperado e descontrolado dele apontado como “extremamente ciumento e possessivo e buscava controlar, intimidar e submeter à vítima às suas vontades. Há relatos que durante discussões, o representado quebrava objetos em razão de seu descontrole”.

Após o término do relacionamento, no dia 19 de maio, por volta das 19h, a vítima se encontrou com o ex-namorado e ambos foram para a casa dele. No local, o rapaz preparou um jantar e os dois tomaram vinho juntos.

Em determinado momento pela madrugada, Jonathan pegou o celular da vítima e exigiu que ela passasse a senha do aparelho. A partir dali, passou a ver as mensagens dela nas redes sociais, tendo uma crise de ciúmes.

Em depoimento a Polícia Civil, a vítima relatou que todas as vezes que o celular bloqueava, ela era espancada e obrigada a passar a senha novamente. A jovem foi agredida várias vezes na cabeça, mãos e olhos numa s sessão de tortura que começou às 2h e se estendeu até às 6 horas.

Os dois estavam sozinhos no local. Após a sessão de tortura, a jovem ainda foi levada para o carro dela e com dificuldades conseguiu chegar a casa, aonde chegou e dormiu. Na manhã seguinte, a mãe da jovem entrou no quarto e a encontrou ferida e com hematomas pelo corpo.

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