A ESPERA DE UM MILAGRE

Emanuel pede autorização para comprar vacinas, mas Pazuello diz “não”

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), consultou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a possibilidade de fazer compras diretas de vacinas contra a covid-19. O pedido foi feito em reunião virtual realizada na manhã desta sexta-feira (19), convocada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

Pazuello revelou aos prefeitos que o governo irá entregar mais 4,7 milhões de doses de vacinas a próxima semana. Em resposta a Emanuel, ele deixou claro que não recomenda, neste momento, que os municípios comprem vacinas por conta própria e pediu que aguardem as remessas encomendadas pelo governo federal.

“Se fizermos separações de locais que têm competência para comprar e outros que não têm, vamos criar uma crise interna muito grande de Estados que seguem uma linha e outros que não seguem. Quem estiver negociando, manda aqui para mim que a gente compra. Faltam 15 dias para a nossa produção de vacinas ficar plena. A previsão é que na semana que vem já estejamos distribuindo 4,7 milhões de doses”, comentou Pazuello.

Emanuel ainda questionou o ministro sobre o atraso nos recursos destinados ao custeio de leitos de UTI para pacientes de covid-19. A capital ainda não recebeu os repasses referentes aos meses de janeiro e fevereiro.

Segundo Emanuel, a Prefeitura tem feito muito esforço para manter os leitos, já que o orçamento do município não previa esse tipo de despesa, mas garantiu que nenhum dos 135 leitos de UTI foi nem será desativado.

Pazuello respondeu que irá repassar os recursos para o município assim que a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020 for aprovada pelo Congresso Nacional, o que ainda não tem data para acontecer. A estimativa é a votação seja concluída no mês de março.

“Esta reunião foi muito produtiva, principalmente pela previsão do recebimento de mais doses de vacinas. Com a produção dos imunizantes no Brasil regularizada até o próximo mês, esperamos dar uma celeridade muito maior à nossa campanha [de vacinação”, concluiu.

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