Uma das principais rodovias de Mato Grosso acabou se tornando uma verdadeira Rodovia da Morte, a estrada que deveria representar o desenvolvimento de cidades que são cortadas por ela, é referência em perigo. Somente no último ano, foram contabilizados um total de 612 acidentes com vítimas e 75 vidas perdidas nesta rodovia.

Com trechos degradados, buracos em quilômetros pedagiados, a falta de reparo traz prejuízos aos motoristas e muitas vezes pode levar até a morte.

Conforme levantamento do site PHD News, somente do primeiro de junho até o dia 25, foram registrados 70 acidentes com vítimas ao longo dos 850,9 quilômetros sob a responsabilidade da Concessionária Rota do Oeste. Ultrapassagens, imprudências e condições precárias na pista colaboram para esse triste número de acidentes.

Com uma média de quase 3 acidentes por dia, a vida de milhares de pessoas que cruzam a rodovia que tem pedágio, e cobra caro, segue correndo risco de vida. Um levantamento feito pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), apontou que ao menos 40 acidentes com vítimas fatais são notificados a cada 100km da rodovia. ,

Os 453 km da BR que cortam Mato Grosso deveriam ter sido duplicados, conforme previsto em contrato, há oito anos. Apenas 120 km foram duplicados, restando 328 km para o término das obras. Quando ganhou a concessão, a Rota do Oeste tinha um prazo de 30 anos para executar melhorias na estrada, porém a mesma não cumpriu e, no fim de 2021, protocolou um pedido de devolução da responsabilidade sobre a rodovia.

Enquanto as decisões não são tomadas, vidas de caminhoneiros, motoristas de ônibus e de pedestres são ceifadas ao longo da extensa estrada. ,